O guarda-redes russo Stanislav Kritciuk, que jogou em clubes como Braga e Gil Vicente, manifestou-se em relação à invasão do seu país à Ucrânia e pediu paz na região.
“Todos estes dias eu, como muitos de nós, sinto-me inquieto no meu coração. Podia encontrar uma desculpa: ‘o desporto não tem a ver com política’, e concentrar-se no treino. Mas isso é apenas uma tentativa de nos enganarmos a nós próprios. Porque eu não sou apenas um jogador de futebol, mas também um homem, um cidadão, um pai, um filho. E eu sou contra o facto de alguém sofrer e morrer. Paz para o mundo, cada vida humana é um valor. Foi o que me foi ensinado desde a infância”, publicou o guardião na sua conta do Instagram.
Kritciuk, que deixou o Gil Vicente em setembro rumo aos russos do Zenit, chegou a Portugal em 2013 para defender o Braga B, e chegou a ser emprestado para o Rio Ave e para o Krasnodar, clube que o contratou definitivamente em 2016.
Em 2020 regressou a Portugal para defender o Belenenses SAD e no ano passado rumou ao Gil Vicente, onde ficou por menos de três meses e foi vendido ao Zenit por 2 milhões de euros.
A Rússia lançou na madrugada há uma semana uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e cerca de um milhão de refugiados, segundo a ONU.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.