A Câmara de Fafe tem em implementação um projeto piloto na área da tecelagem, designado “a oficina TRAMA”, que tem como base de trabalho a comunidade residente no Bairro da Cumieira, anunciou hoje a autarquia.
Em comunicado enviado a O MINHO, a Câmara revela que “esta ação tem como objetivo incrementar a empregabilidade, auto-emprego ou aproveitar a oportunidade para desenvolvimento de projetos individuais de artesanato, enquanto domínio de ativação social”.
Para a autarquia, “esta oficina permite a revitalização de uma arte com potencial na produção de materiais diferenciados de valor acrescentado e design exclusivo, estruturado em saberes artesanais e heranças culturais”.
Sob a mentoria de Cristina Cunha, já com experiência vasta na vertente social e comunitária, o projeto conta com a participação de 10 moradoras do Bairro da Cumieira, e será desenvolvido por um período de seis meses.
“A arte, a inovação e a criatividade são o mote deste projeto que aposta na revitalização do ofício tradicional da tecelagem, desenvolvendo novos produtos com potencial comercial e recurso a resíduos industriais e reutilização de materiais”, salienta a nota.
Para o desenvolvimento desta oficina tem sido fundamental a articulação estreita com o tecido empresarial, “realçando-se as empresas Ramiro & Carvalho Lda, J.B.Castro -Fafe e Grupo TAbel, que facilitam a cedência de maquinaria e materiais”.
O Bairro da Cumieira, que foi alvo de um processo recente de requalificação do edificado, dispõe de uma estrutura de apoio permanente à comunidade residente, contando com o GAB e o Projeto EI!, como principais interventores, sob dinamização e coordenação técnica do Município de Fafe.
Segundo a Câmara, “para além da integração da comunidade, a colaboração entre instituições e a ação positiva junto das pessoas, são desenvolvidas estratégias e ações de trabalho promotoras da interculturalidade e participação cívica, geradoras da igualdade de oportunidades e coesão social no território, sem esquecer a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis”.