Declarações após o jogo FC Porto-Vitória SC (3-1), da segunda-mão das meias-finais da Taça da Liga de futebol, disputado hoje, no Estádio do Dragão, no Porto:
– Álvaro Pacheco (treinador do Vitória SC): “Estávamos em desvantagem e tínhamos que chegar aqui e mostrar que queríamos chegar ao Jamor. E com uma entrada como fizemos, era possível. Entrámos com uma audácia e uma coragem muito grande, indo atrás da desvantagem. Na primeira oportunidade, fomos capazes de chegar à vantagem e isso foi muito importante para nós conseguirmos controlar o jogo.
Até ao 1-1 nós estávamos por cima, estávamos a controlar o FC Porto, o FC Porto estava intranquilo, nervoso. Estávamos a ser capazes de dividir.
Quando o FC Porto faz o 1-1, ganha uma nova vida. Tivemos ali alguns calafrios. Perdemos o controlo do jogo. E [o FC Porto] acaba por passar para a frente. Mas, depois disso, foi demonstrada a vontade de chegarmos à final. Pegámos novamente no jogo, fomos à procura daquilo que era o golo para nos meter dentro da eliminatória. Tivemos oportunidades para chegar ao 2-2 no final da primeira parte e, se isso tinha acontecido, a segunda parte ia ser completamente diferente.
Na segunda parte, desequilibrámos, mas fomos audazes. E se olharmos para as estatísticas, o Vitória tem mais remates e ataques que o FC Porto. E estamos a jogar contra um FC Porto que está habituado a jogar as meias-finais. E chegámos aqui e mostrámos esta audácia.
Depois, chegaram ao 3-1 e penso que mesmo assim lutámos para chegar ao 3-2. Estamos tristes. Não vou esconder. Agora é focar no que podemos fazer nos últimos cinco jogos para o campeonato, porque há muita coisa a conquistar ainda”.
– Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “Nenhuma estatística dá ânimo. O que dá ânimo é a forma como trabalhamos no Olival. Para festejar, é quando ganharmos a Taça, se a ganharmos, se formos competentes.
Sobre o jogo, o Vitória a primeira vez que vai à baliza, faz golo. Mas nós fizemos um jogo consciente do que tínhamos que fazer para provocar o adversário. Estivemos muito bem nos diferentes momentos do jogo. Fizemos três golos, mas podíamos ter feito mais. Foi um jogo muito competente, até a nível emocional. Fomos adultos.
Vocês não veem o nosso dia-a-dia. O Romário Baró foi hoje aquilo que é como jogador. A definição de passe para o Pepê, e noutras ações positivas que teve no jogo. Sempre que estive aqui, quis começar a época com o Romário, porque acredito naquilo que é o seu potencial. Depois, cabe aos jogadores, se lhes é dada a oportunidade, aproveitar ou não.
Galeno tem feito uma época muito boa, fez uma Liga dos Campeões fantástica. Dá todos os dias o que queremos em ambição e determinação. Há dias em que está mais inspirado em termos ofensivos. É um jogador profissional acima da média, com uma qualidade enorme. As oportunidades falhadas hoje não foram por ele, foram pelo grupo.
São 42 anos de muito sucesso, de muita hora a festejar, é o presidente [Pinto da Costa] mais titulado. Tem um senão, que é essa exigência que ele mete de conquistar sempre mais. Conquistei aqui 15 títulos enquanto treinador e jogador, e basta uma derrota para as pessoas esquecerem isso. Assim como eu esqueço. Passado é passado. O que importa agora é o jogo com o Casa Pia e o presidente também pensa dessa forma”.