Declarações após o jogo Vitória SC–Farense (1-1), da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:
– Álvaro Pacheco (treinador do Vitória SC): “Para o que foi o jogo, foi mais do que evidente que os jogadores mereciam a vitória. Sabíamos que ia ser difícil, que íamos jogar contra um adversário que aposta muito nas transições. Tivemos capacidade, mas não fomos felizes. Entrámos bem, mas, numa transição do Farense, sofremos. Perdemos algum controlo emocional na parte final da primeira parte. Tivemos um golo anulado. Era justo chegarmos ao intervalo empatados.
Na segunda parte, tivemos imensas oportunidades. Se tivéssemos marcado mais cedo, teríamos chegado ao segundo golo com alguma facilidade. Foi evidente a incapacidade do Farense para nos criar mossa em contra–ataque. É um jogo inglório. Estamos tristes, mas é mais um ponto na nossa caminhada.
[O João Mendes] tem uma lesão grave, infelizmente. Estava no melhor momento da carreira. É um jogador brilhante, um ‘mágico’. Vai regressar mais forte. Vai trabalhar a sua resiliência, a sua determinação e regressar mais forte.
O Farense teve uma estratégia de quebrar o ritmo na segunda parte. Isso prejudicou o espetáculo. Quando os três ‘grandes’ estão a perder, os árbitros não permitem isto. Nestes jogos, permitem. Temos de ter resiliência. Não perdemos a crença e chegámos ao empate. Durante os oito minutos de compensação, há um golo, e ele [árbitro] não dá nem mais um segundo”.
– José Mota (treinador do Farense): “O Vitória é uma equipa agressiva no bom sentido. Tínhamos de ter bom posicionamento e de controlar os homens do meio–campo. Estivemos muito bem na primeira parte. Fomos melhores nessas ações e tivemos as melhores oportunidades. Nos segundos 45 minutos, o Ricardo Velho teve pouco trabalho.
O Vitória alterou o seu nível de jogo. Tentou alterar os índices de finalização, mandou muitas bolas para a área. Estávamos organizados. Consentimos um canto onde deveríamos ter feito mais. Acabámos por sofrer um golo na parte final, o que nos penaliza. Tivemos situações de três para dois e de quatro para três em contra–ataque para conseguir um golo que nos daria tranquilidade. Num canto, acaba por empatar.
Aceitamos o resultado, mas poderíamos ter levado os três pontos. Foi demais oito minutos de compensação [na segunda parte]. Tivemos oito na primeira parte e oito na segunda parte. Porque é que estas coisas acontecem sempre a favor de quem é mais poderoso? Porque é que estas coisas nunca acontecem ao Farense? Se o Vitória estivesse a vencer este jogo, nunca teríamos oito minutos de descontos. Não temos as mesmas ‘armas’, mas trabalhámos muito para este ponto. Vamos continuar a trabalhar para conseguir os objetivos.
Não estivemos a passar tempo. Dois jogadores nossos tiveram de ser substituídos [na segunda parte]”.