O empresário russo Alex Konanykhin, exilado nos Estados Unidos, publicou uma afirmação na sua conta do Facebook a pedir a detenção de Vladimir Putin. O magnata ainda ofereceu um milhão de dólares pela captura do presidente da Rússia.
“Prometo pagar um milhão de dólares às autoridades que, ao cumprir o seu direito constitucional, prendam Putin como criminoso de guerra sob a lei russa e o Direito Internacional”, disse.
O magnata disse ainda que ““como um russo étnico e um cidadão russo, tenho por dever moral facilitar a desnazificação da Rússia”.
A publicação acabou por ser apagada por causa das palavras “vivo ou morto”. Mas Konanykhin republicou no Linkedin e explicou que não pediu o homicídio do presidente russo.
“Alguns sugerem que prometi pagar pelo homicídio de Putin. Não está correto. Apesar de esse ser um resultado que iria ser aplaudido por milhões de pessoas por todo o mundo, acredito que Putin tem de ser levado perante a justiça”.
O antigo banqueiro russo deixou o país em 1992 e vive atualmente no estado da Califórnia.
A invasão russa tem sido criticada por diversos bilionários e magnatas russos, não apenas pela violência e pelas atitudes de Putin, mas também por estarem a sofrer as sanções económicas impostas pelo Ocidente.
Roman Abramovich, por exemplo, cedeu a liderança do Chelsea e depois anunciou que vai vender o clube campeão da Europa e do Mundo de futebol.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.