O gerador instalado na Avenida Dr. Dantas Carneiro, em Moledo, concelho de Caminha, ficou, por duas vezes, sem gasóleo, deixando vários comerciantes e habitantes do local sem energia elétrica, na quinta e na sexta-feira, avançou o presidente da junta de Moledo e Cristelo.
O dispositivo tinha sido instalado, na quinta-feira, em virtude da avaria de um Posto de Transformação naquele local, de forma a assegurar energia elétrica, não só para o comércio daquela avenida, como para habitantes, que ficaram também sem eletricidade face à avaria provocada pelo mau tempo.
Como deu conta a Radio Vale do Minho, ainda na quinta-feira, o local ficou sem eletrecidade durante quatro horas, levando à insatisfação do autarca local. Quando o mesmo percebeu que, já na sexta-feira, o gasóleo voltara a acabar, mostrou-se “extremamente revoltado”.
Joaquim Guardão, presidente da junta de Cristelo e Moledo, acusa a empresa subcontratada pela EDP de “irresponsabilidade”, salientando que, ainda durante a noite de quinta-feira, questionou se existiria gasóleo suficiente e se não seria necessário o reabastecimento. No entanto, na sexta-feira, o problema voltou a repetir-se, já ao final da tarde, acabando novamente o gasóleo no gerador.
“Disponibilizei-me a solucionar o problema e abastecer o gerador, se necessário, mas foi-me dito que não iria haver problemas”, expõe o autarca, confessando-se “extremamente revoltado” com aquilo a que chama uma “falta de respeito” a “todos os moledenses” e “a todos os comércios que querem trabalhar”.
Guardão entrou em contacto com vários serviços da EDP e já avançou com queixa perante o provedor, expondo, ainda, a situação ao presidente da Câmara de Caminha. Miguel Alves terá já dado “conhecimento” da situação à EDP, refere o presidente da junta.
Comerciantes e habitantes transtornados
Sandra Cristina, moradora na avenida, queixa-se de prejuízos com arcas de comida e com a cozinha elétrica que possui, apontando que “nem pode cozer um ovo”. “Gostava de saber se a EDP se vai responsabilizar pelos transtornos causados nas casas particulares” e nos “comércios” fechados por falta de eletricidade.
“Aqui na freguesia já é inadmissível o número de vezes e a frequência com que por nada falha a luz, mas estar de forma repetida sem luz ainda por cima por erros de gestão é intolerável”, acrescenta a moradora.