O Traje à Vianesa passa a ser, a partir de hoje, Património de Interesse Municipal, uma classificação que irá ajudar o processo em curso para a inscrição futura no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, anunciou a autarquia.
A classificação ainda vai a votos na reunião de Câmara desta quinta-feira, mas fonte do município antecipa que os votos serão favoráveis à inscrição na lista de património municipal.
Em comunicado, a autarquia aponta esta como “a primeira etapa para a inscrição como Património Imaterial”, num processo que começou em julho de 2013, com a solicitação, por parte da Câmara, de um estudo que permitisse elaborar “um caderno de especificações”, medida necessária para a classificação final.
“Trata-se de um documento normativo que regulamenta a implementação do processo de certificação. No caso do Traje à Vianesa – Viana do Castelo, tal corresponde à figura de uma IG – Indicação Geográfica Traje à Vianesa – Viana do Castelo, cuja atribuição compete ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Esta IG – Indicação Geográfica é composta por uma denominação e por uma marca (símbolo)”, refere a nota autárquica.
A 28 de Dezembro de 2016, foi publicada a aprovação da inclusão da produção tradicional “Traje à Vianesa – Viana do Castelo” no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas.
“Em face desta aprovação a Câmara de Viana do Castelo, efetuou o pedido de registo da IG – Indicação Geográfica e marca ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O Caderno de Especificações contém, pois, o conjunto de elementos que definem o vocabulário e a gramática decorativa que tornam inconfundível a imagem do Traje à Vianesa – Viana do Castelo”, refere a nota.
O Traje à Vianesa é um produto múltiplo, composto por um conjunto de peças, todas manufaturadas artesanalmente na região do Minho (à exceção dos lenços), cujo resultado final se deve à combinação poliédrica entre elas e ao modo como os adornos em ouro o enfeitam e sublinham. É, hoje, um símbolo local e nacional, sendo também motivo de orgulho da diáspora onde existem inúmeros grupos folclóricos que primam pela arte do bem trajar e que sentem uma grande chieira nas suas raízes e nas tradições vianenses.