Dois anos e dois meses de prisão com pena suspensa. Foi esta a pena para o condutor que, em 19 de dezembro do ano passado, após se ter recusado fazer o teste de alcoolemia, agrediu um militar da GNR e danificou o carro patrulha e o posto da Guarda, em Cabeceiras de Basto.
Segundo o Jornal de Notícias, que avança a informação, o homem foi condenado por 16 crimes: um de desobediência (com proibição de conduzir durante durante meses), um de ofensa à integridade física qualificada, sete de ameaça agravada, seis de injúria agravada e um de dano.
Em cúmulo jurídico, o Tribunal de Cabeceiras de Basto fixou a pena em dois e anos e dois meses de prisão, suspensa na condição de o condenado se submeter a tratamento psicológico e à dependência alcoólica.
Tem de pagar 250 euros ao militar agredido e 150 a cada um dos outros seis guardas envolvidos, bem como 1.800 euros ao Estado.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Paulo Pinto, coordenador Norte da Associação de Profissionais da Guarda, lamenta a sentença, considerando que passa a ideia de que “o crime compensa” e faz com que o “sentimento de impunidade” coloque em causa a ação de policiamento.
Como O MINHO noticiou na altura, o homem recusou-se a fazer teste de alcoolemia durante uma operação de fiscalização da GNR, em Cabeceiras de Basto. Acabou por agredir um militar e destruir o carro patrulha onde foi colocado, acabando por danificar também o posto da Guarda.
O condutor em causa foi abordado pelos militares em Refojos de Basto, durante uma operação STOP, recusando-se a efetuar o teste do balão. Aparentava estar embriagado.
Após várias trocas de palavras, um dos militares acabou por ser agredido com um soco no peito, o que levou à detenção do condutor por agressão a agente da autoridade.
Dá soco em GNR, destrói viatura e arromba porta do posto em Cabeceiras de Basto
Dentro do carro patrulha, provocou vários danos, depois de ter pontapeado a porta da viatura ao entrar. Continuou ainda a proferir insultos aos militares. Mas a sequência não terminou ali.
Uma vez no posto da GNR, ameaçou os guardas de morte, invocando as agressões da GNR a emigrantes de Odemira, enquanto preenchia os documentos para poder ser restituído à liberdade.
E assim foi, mas ao sair do posto, desferiu um pontapé na porta com tanta força que a acabou por derrubar.
Foi novamente detido, desta vez por dano em propriedade pública e colocado numa cela, onde voltou a destruir parte do interior e a própria porta.