A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, do concelho de Guimarães, demitiu-se em bloco, esta quinta-feira, após ameaças do corpo ativo de muitos bombeiros passarem à situação de reserva, situação que pode comprometer o socorro prestado às populações dos concelhos de Guimarães e de Braga.
O anúncio foi feito através de comunicado e dá conta de um “desgaste” entre a direção e “alguns elementos” do corpo de bombeiros, sobretudo depois de um protesto realizado no passado dia 09 de setembro, onde dezenas de capacetes de operacionais foram colocados à porta do quartel.
Também a ameaça de “dezenas de bombeiros” em pararem o serviço caso a direção se mantivesse em funções até final do mandato, que termina em dezembro deste ano, pesou para este desfecho, alega a direção, assumindo que caso isso fosse avante, o socorro à população ficaria comprometido.
Segundo o mesmo comunicado, o comportamento do adjunto de Comando, Paulo Gomes, que seria nomeado comandante, também terá contribuído para a demissão, uma vez que, acusa a direção, o mesmo voltou com a decisão atrás e já não queria passar ao cargo máximo da hierarquia de um corpo de bombeiros.
Conforme noticiou O MINHO, na sexta-feira passada, o corpo ativo dos Bombeiros das Taipas reuniu “após convocação do adjunto do comando, Paulo Gomes, tendo este comunicado a sua demissão por incompatibilidade com a direção”.
“Nesse mesmo momento TODO o corpo de bombeiros solicitou a presença do Presidente da sua Direção na referida reunião, contudo o pedido foi recusado pelo mesmo”, refere o comunicado dos bombeiros.
Os bombeiros salientam que, “como ao longo do tempo se verificaram várias situações em que o pedido de comparência do Presidente em reuniões com o corpo de bombeiros foi recusado, e não se verificando outra solução depois de várias tentativas de resolução destes problemas que se vêm a arrastar ao longo de variadíssimos meses, os elementos do Corpo Ativo desta Associação Humanitária de Bombeiros decidiram por unanimidade que colocariam os seus capacetes na parada como forma de protesto, exigindo uma resposta imediata por parte daquela Direção”.
A atual direção ainda ficará a gerir a associação até às eleições de dezembro.