Iam comprar, todos meses, drogas à Galiza, Espanha, que depois vendiam em Braga, Guimarães e Alto Minho. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR dos Arcos de Valdevez deteve, quarta-feira, ao raiar do dia, quatro membros de uma rede de tráfico, com idades entre os 30 e os 40 anos, que operava a partir de Barcelos e apreendeu-lhes dez quilos de haxixe, escondidos em casa do pai de um deles.
O advogado João Ferreira Araújo, de Braga, que defende o suposto mentor do grupo, disse a O MINHO que os dois alegados cabecilhas da rede serão ouvidos hoje no Tribunal de Viana do Castelo. Ontem, estiveram nas instalações judiciais, mas os magistrados não conseguiram ouvi-los.
Quatro detidos e mais de 4.000 doses de droga apreendidas em Barcelos e Guimarães
Os outros dois foram, ontem, interrogados pelo Ministério Público local que lhes aplicou a medida de Termo de Identidade e residência. Ao todo, adiantou o jurista, o inquérito tem 12 arguidos, sendo que oito serão distribuidores a retalho.
Na operação, que decorreu, na quarta-feira, em Barcelos e Guimarães, com 12 buscas domiciliárias, a GNR aprendeu, ainda, cinco veículos, 18 telemóveis, quatro cartões SIM, três balanças de precisão, uma máquina de embalar, um computador portátil, 17.290 euros em numerário e vários documentos e material de corte.
A investigação, iniciada em 2019, concluiu que o grupo procedia à produção e venda de produtos estupefacientes, sobretudo haxixe, mas também cocaína e heroína, ainda que em pequenas quantidades.
A operação contou com o reforço dos Comandos Territoriais de Viana do Castelo, Porto e Braga, da Unidade de Intervenção (UI) e com o apoio da Policia de Segurança Pública (PSP).