O presidente eleito da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, elegeu o desenvolvimento económico do concelho como a prioridade do seu primeiro mandato autárquico, após a vitória nas eleições de 01 de outubro.
“A prioridade deste mandato será, sem dúvida, o desenvolvimento económico. Necessitamos de criar riqueza, de fixar população e isso faz-se criando emprego, dando condições às pessoas para que elas, efetivamente, consigam fixar-se no nosso concelho“, afirmou o novo autarca daquele concelho do distrito de Viana do Castelo.
Outra das medidas avançadas por Augusto Marinho, que vai tomar posse dia 15, às 15:00, no Jardim dos Poetas, passa por “desafiar os emigrantes a investirem em Ponte da Barca“.
Com 42 anos, Augusto Marinho foi, entre 2009 e 2013, vereador do PSD naquela autarquia e integra, no mandato autárquico que agora termina, a bancada da oposição como independente. Nas autárquicas de 01 de outubro concorreu pelo PSD.
De acordo com os dados da Direção-Geral de Administração Interna (DGAI), em Ponte de Barca, único concelho do Alto Minho em que houve mudança de liderança, Augusto Marinho, reconquistou o município perdido pelo partido, em 2005, alcançando 54,15 % dos votos, contra os 40,14 % do candidato do PS, Inocêncio Araújo.
O novo autarca social-democrata, economista de formação, fica a liderar a autarquia com maioria absoluta, já que elegeu quatro mandatos num total de sete. Já o PS ficou com três lugares na vereação.
“De facto, os resultados são muito expressivos. Catorze pontos percentuais marcam a diferente entre o PSD e o PS. Esta votação, que eu chamaria histórica, reflete uma vontade de mudança de política. As pessoas sentem dificuldades e sentem que os seus problemas não estavam a ser resolvidos”, disse o também auditor de Defesa Nacional, especializado em Políticas Públicas.
Para Augusto Marinho, o último mandato do socialista Vassalo Abreu “desiludiu toda a gente”.
“As pessoas foram votar e quiseram manifestar, de forma inequívoca, a necessidade de uma mudança. Essa mudança, também por ser tão expressiva, traduz-se numa responsabilidade acrescida para o executivo que irei liderar com muito trabalho, dedicação e respeito pelas instituições, auscultando, permanentemente, as pessoas”, sustentou.
O quadro superior do Ministério da Administração Interna adiantou que “assim que entrar na câmara municipal” irá realizar “um estudo muito exaustivo à organização da câmara e aos ‘dossiês’ que estão em cima da mesa”.
“Conheço muitos dos dossiês porque sou vereador na oposição, mas agora as responsabilidades são acrescidas. Para boas decisões é necessário estudar bem os processos”, referiu, afirmando que uma das primeiras medidas que tomará prende-se “com a organização da própria câmara e com a questão financeira”.
Para além disso, é preciso “reequilibrar as contas do município para ganhar capacidade para agir”, afirmou o autarca, apontando ainda como “preocupações muitos fortes” as redes de abastecimento e de saneamento básico.
“São infraestruturas importantíssimas. Temos que fazer investimentos estruturantes a este nível”, disse.
Além de economista, Augusto Marinho é auditor de Defesa Nacional, especializado em Políticas Públicas.
O presidente eleito de Ponte da Barca iniciou o seu percurso profissional como oficial da Marinha de Guerra Portuguesa, tendo também exercido funções de docente do ensino superior nas disciplinas de Economia Monetária, Controlo de Gestão e Economia Monetária e Financeira.