O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje, na inauguração de uma nova fábrica de alumínios do grupo Lingote, em Fafe, que o aumento das exportações e do investimento dos empresários, em 2022, é o “sinal de confiança” que o país “precisa de sentir”, dando conta que o distrito de Braga é o verdadeiro exemplo nesse sentido, controlando mais de 10% de todas as exportações nacionais.
A empresa foi fundada em 1980 e dedica-se à extrusão de alumínios. Atualmente tem cerca de 400 trabalhadores e um volume de negócios previsto para 2023 de 104 milhões de euros.
Mais de 50% da sua produção destina-se ao mercado externo.
“É essa trajetória de confiança que o país tem de seguir, empresa a empresa, setor a setor”, afirmou o chefe do Governo, destacando que, no ano passado, pela primeira vez, “50% do total de riqueza nacional, do Produto Interno Bruto (PIB), resultou das exportações”.
Para António Costa, essa é a trajetória que Portugal deve prosseguir, porque investimentos como a fábrica que foi hoje inaugurado “são decisivos”.
O primeiro-ministro referia-se às novas instalações da empresa “Lingote Alumínios”, na zona industrial de Fafe, integrada num grupo multinacional belga “Corialis”, um investimento de 50 milhões de euros, desde 2021.
Segundo a empresa, com cerca de 42 mil metros quadrados, trata-se da segunda maior unidade do setor a operar na Península Ibérica.
Ao longo do dia, o chefe do Governo visitou três empresas exportadoras sediadas no distrito de Braga, nos setores da construção, têxtil e metalomecânica.
“Este distrito é um dos principais motores da economia nacional”
Em Fafe, o líder do Governo esteve acompanhado pelo ministro da Economia, António Costa Silva, durante mais uma iniciativa inserida nos dois dias do programa ‘Governo + Próximo’, que decorrem hoje e na quinta-feira, naquele distrito.
“Este distrito é um dos principais motores da economia nacional. Onze por cento das exportações do país são do distrito de Braga, na multiplicidade dos seus setores”, sinalizou António Costa, dirigindo também elogios à Câmara de Fafe e ao seu presidente, Antero Barbosa, presente na cerimónia, por estarem a ter a capacidade de “atrair, fixar e multiplicar a atividade industrial” naquele concelho.
“O sucesso para Fafe é um sucesso para todo o país”, concluiu.
O primeiro-ministro recordou que “as empresas têm vindo, ano após ano, a reforçar a sua capacidade de investimento”, indicando que, no ano passado, investiram 32 mil milhões de euros”, um novo recorde nacional.
“Esta fortíssima capacidade de investimento empresarial é o maior incentivo e sinal da trajetória de confiança na economia”, reforçou, enquanto destacava a metalomecânica como o primeiro setor exportador em Portugal.
“As nossas exportações de bens são superiores às nossas exportações de serviços, portanto, o grosso das nossas exportações não é mesmo o turismo, o maior peso é o resultado da produção da atividade industrial”, pontuou.