Declarações dos treinadores após o jogo Belenenses SAD-Famalicão (1-2), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio Nacional, em Oeiras:
João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “Estávamos a ser tão previsíveis, com falta de agressividade com e sem bola. [Ao intervalo] Foi pegar nesses pontos, corrigir um ou outro posicionamento na nossa primeira fase de construção, mas essencialmente a velocidade e a agressividade, e conseguimos rapidamente virar o resultado, continuando a não jogar bem.
O segundo golo é a imagem que queríamos trazer para a segunda parte. Forçámos o erro e conseguimos o golo. Até ao final do jogo, houve uma reação natural do Belenenses SAD, que nos tentou incomodar com um jogo mais direto, mas conseguimos controlar o jogo.
[A primeira jornada] Não foi um acidente de percurso, porque o adversário da semana passada foi demasiado forte para nós. Muito do nosso jogo esteve lá presente. Ao contrário, hoje, se calhar, não esteve tanto, tivemos de ir buscar outras armas e conseguimos vencer. O futebol é mesmo assim. Temos de evoluir muito e trabalhar para nos tornarmos competitivos e fazer um campeonato à imagem do que queremos.
Optámos por uma saída com três jogadores, para contrariar a linha de pressão do Belenenses SAD, também com três homens, e atrair o adversário em linhas mais subidas. Não estávamos a conseguir, até nesses momentos fomos lentos. A nossa saída era sempre de forma longa e sem nexo nenhum.
A não convocatória do Toni Martínez não tem a ver com questões de transferência para qualquer clube. Teve uma semana de treino como os colegas, o Rúben del Campo esteve bem e ele ficou de fora como outros. Quem vem para jogo é quem nos dá mais garantias, o Rúben del Campo deu-nos mais garantias e foi ele que veio para jogo.”
Petit (treinador do Belenenses SAD): “Gostei do que vi ao longo dos 90 minutos. Foi um jogo bem jogado, tirando aqueles três minutos. Pelo que fizemos nos 90 minutos, penso que o resultado justo era a nossa vitória.
Foi um momento de bola parada. Trabalhámos esses aspetos, quando a bola passa o primeiro poste, os dois primeiros homens têm de sair rápido. Houve uma falha de comunicação. O André [Moreira] não teve uma defesa e nós tivemos ocasiões para fazer mais golos.
A partir daí [dos dois golos em três minutos], o Famalicão recuou as linhas, defendeu só. Tentámos por fora e por dentro, mas não tivemos aquele jogador na área que pudesse dar mais poder no jogo aéreo.
Ideias não faltaram. É difícil quando jogamos contra um bloco perto da área. Sendo uma equipa forte e agressiva, é sempre difícil fazer golos e criar oportunidades.”