Vai aguardar julgamento em prisão preventiva o contabilista da Póvoa de Varzim que foi detido na passada terça-feira por suspeitas de ser uma peça-chave numa rede internacional de fraude fiscal, branqueamento e burla qualificada, relacionada com falsos investimentos em criptomoedas.
A maior parte das vítimas, cerca de 300, espalhadas por toda a Europa, era de nacionalidade francesa. O suspeito e, pelo menos, dois cúmplices, que também foram detidos, mas restituídos à liberdade pelo tribunal, estão envolvidos num esquema de falsos investimentos através de telefonemas ou vias digitais, que originam uma burla, onde conseguiam que o dinheiro fosse parar às suas próprias contas.
De acordo com o Jornal de Notícias, os três detidos utilizavam depois o dinheiro ‘angariado’ para comprar criptomoedas, que depois vendiam por valores acima do mercado a outras pessoas que também praticavam a burla. Era dessa forma que todos conseguiam ‘lavar’ o dinheiro.
Para além dos detidos, há ainda outros 12 arguidos no processo, resultantes de 23 buscas realizadas na terça-feira em Vila do Conde e na Póvoa de Varzim. Os interrogatórios prosseguem.