Os moradores da rua Quinta dos Passos, em São Víctor, cidade de Braga, estão revoltados com a autarquia por esta fazer ‘vista grossa e ouvido mouco’ aos sucessivos apelos para a limpeza de um lote de terreno que acarreta animais que ameaçam a saúde pública.
Ariana Correia, porta-voz dos moradores daquela urbanização situada em Areal de Baixo, junto ao futuro ecoparque das Sete Fontes, disse a O MINHO que têm sido sucessivas as denúncias ao longo dos últimos anos mas que a autarquia “nada faz” para a limpeza.
“O terreno pertence a um particular que não o limpa e está nestas condições há quatro anos, sem que ninguém faça nada”, lamenta a moradora, visivelmente irritada com o executivo liderado por Ricardo Rio (PSD).
“Antigamente tínhamos uma senhora que fazia a limpeza, nós pagávamos, mas houve uma denúncia e a senhora nunca mais foi lá limpar aquilo”, explica.
Nos últimos meses, a situação tende a agravar-se, depois de um morador ter detectado cobras naquele espaço, situado por cima de garagens e onde crianças costumam brincar.
“Têm aparecido cobras e ratos no local e isso é uma ameaça para as nossas crianças”, assegura, revelando que já falou com o presidente da junta de São Víctor, Ricardo Silva, e que este se mostrou bastante atencioso mas também não conseguiu resolver o problema.
“Enviámos um ofício aos serviços municipais há mais de um ano e até hoje não obtivemos resposta”, sublinha.
O MINHO falou com fonte da AGERE que remeteu o assunto para a Câmara. Enviado um email a questionar através do endereço de email de reclamações dos munícipes, o mesmo nunca foi respondido.
Recentemente, O MINHO contactou o presidente da autarquia a propósito deste tema. Apesar de nos ter assegurado que ia questionar os serviços, nunca mais obtivemos resposta por parte de Ricardo Rio.
O MINHO sabe que a Câmara estará há mais de dois anos a tentar contactar o proprietário do terreno, mas sem sucesso.
Após uma pesquisa junto do site Portal da Queixa, verificámos que este é um problema recorrente na cidade de Braga, com vários munícipes a solicitarem uma resposta da autarquia através daquele meio, uma vez que não obtêm resposta dos serviços.