São cerca de 64 mil as famílias no distrito de Braga e 20 mil do distrito de Viana do Castelo que vão receber hoje o apoio extraordinário levado a cabo pelo Governo no âmbito da invasão da Federação Russa na Ucrânia. Cada um destes agregados recebe hoje a quantia através de uma transferência direta da Segurança Social.
Este apoio, disse, em março, o ministro da Economia Siza Vieira, servirá para mitigar os efeitos sentidos em Portugal com o aumento do preço de alimentos de primeira necessidade, e visa as famílias que já beneficiam da tarifa social de eletricidade.
No distrito de Braga, os concelhos com mais famílias beneficiárias são Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, concentrando mais de 60% de todos os apoios. Seguem-se Fafe, Vila Verde, Esposende, Celorico de Basto, Póvoa de Lanhoso, Amares, Cabeceiras de Basto, Vizela, Vieira do Minho e Terras de Bouro.
Em Viana do Castelo, os concelhos de Viana e Ponte de Lima são os que mais recebem deste ‘bolo’ – mais de 50%. Seguem-se Monção, Caminha, Valença, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Paredes de Coura, Melgaço e Cerveira.
Este novo apoio deverá custar em torno dos 55 milhões de euros, de acordo com a informação disponível no Orçamento do Estado para 2022, e vai abranger cerca de 760 mil beneficiários, de acordo com os dados da Direção-geral de Energia e Geologia.
Esta medida integra um conjunto de apoios às famílias e empresas na sequência da guerra na Ucrânia e que pretende mitigar o efeito da subida dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares.
A criação de um mecanismo desta natureza tinha sido anunciada pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, em 14 de março, numa conferência de imprensa, e o pagamento a 29 de abril foi confirmado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, durante uma audição parlamentar, na passada quarta-feira.