Autarcas, ex-autarcas e populares de Celorico de Basto manifestaram satisfação por verem Marcelo Rebelo de Sousa, um “neto da terra”, candidatar-se à presidência da República.
“É uma enorme honra para Celorico que o professor Marcelo se candidate à presidência da República e que a apresentação aconteça aqui”, comentou Joaquim Mota e Silva, presidente da Câmara de Celorico de Basto.
Marcelo Rebelo de Sousa apresentou esta sexta-feira, em Celorico de Basto, a sua candidatura ao cargo de chefe do Estado.
O autarca destaca o lado “fraterno” do professor e a “forte ligação” que mantém à localidade onde apadrinha, há vários anos, uma feira do livro, no âmbito da qual tem convidado alguns dos maiores nomes da literatura portuguesa e outras personalidades da vida cultural e política portuguesa.
Joaquim Mota e Silva diz que Marcelo se interessa pela atualidade do concelho, constituindo “uma voz amiga”.
“É um colaborador ativo e gosta muito de dar sugestões para o futuro de Celorico. Para nós, isso é um privilégio”, afirmou o autarca.
Marcelo Rebelo de Sousa tem ligações familiares a Celorico de Basto, através da avó materna, que nasceu em Gandarela de Basto, naquele concelho.
Ao seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, que foi governador-geral de Moçambique, a vila atribuiu o nome a uma rua.
A Biblioteca Municipal de Celorico de Basto, inaugurada em 2002, tem o nome de “Professor Marcelo Rebelo de Sousa” e lá estão guardados milhares de documentos e livros oferecidos por aquele “neto da terra”.
De 1997 a 2005 foi presidente da Assembleia Municipal, eleito em listas do PSD.
Foi Albertino Mota e Silva, antigo presidente da Câmara, que convidou Marcelo para se candidatar à assembleia.
“Convidei-o porque sabia do amor dele a Celorico de Basto e também porque achei que ele gostava de desempenhar aquele cargo”, contou o autarca que governou o concelho durante duas décadas, até 2009.
Recordando que Marcelo, enquanto presidente da Assembleia Municipal, nunca quis receber um tostão da autarquia, nem mesmo as senhas de presença, o ex-presidente do executivo enfatiza o “altruísmo do professor” e a generosidade de “um homem que sempre deu tudo e nunca quis nada em troca.
“Ele sempre gostou de ajudar toda a gente”, comentou, enquanto lembrava os momentos em que Marcelo Rebelo de Sousa ajudava, graças ao seu prestígio, a resolver alguns problemas do concelho e ultrapassar obstáculos.
Emília Mota, de 71 anos, e Júlia Mendes, de 81, estavam sentadas num banco de jardim no centro da vila. Sorridentes, falaram da “alegria” de ver um “neto da terra”, com lhe chamaram, candidatar-se à presidência da República.
“Gosto muito de ouvir o professor falar na televisão, disse a primeira, logo corroborada pela amiga, que destacava a simpatia de Marcelo.
“Quando vem cá vejo-o muitas vezes”, comentou Júlia Mendes, prevendo que “o professor será um bom Presidente”.
Manuel Rio, de 71 anos, e a esposa Celeste Teixeira, de 55, gozavam o sol de fim de tarde numa esplanada do centro da vila quando falavam da honra de Celorico poder ter um Presidente da República.
“Claro, seria uma honra. Se conseguir, será merecido, porque é um grande homem”, comentou Manuel Rio.
Já para Celeste Teixeira, a terra terá muito a ganhar se “ele for eleito Presidente”.
“Ele tem ajudado muito Celorico. E as pessoas de cá sabem isso”, afirmou.