A vereadora da CDU na Câmara de Viana do Castelo apresentou hoje, em reunião ordinária, uma recomendação de “aumento urgente” dos salários dos trabalhadores municipais para fazer face à subida da inflação.
“Proponho que no orçamento para 2023 seja considerada uma verba a afetar para alterações de posicionamento remuneratório, por opção gestionária, em conformidade com o artigo 158 da Lei do Trabalho em funções públicas e que abranjam todos os trabalhadores que reúnam os requisitos”, afirmou a vereadora Cláudia Marinho, no período antes da ordem do dia, da reunião ordinária do executivo municipal.
A vereadora comunista justificou a recomendação, aceite pelo executivo de maioria socialista, com o aproximar da discussão do orçamento para 2023 e face à subida da inflação, considerando que “o aumento geral dos salários é tão urgente, quanto necessário”.
“Com o aumento de preços, os trabalhadores veem o seu salário minguar face aos custos dos bens e serviços. Esta situação insustentável, injusta e inaceitável em que estão colocados os trabalhadores em geral e, em particular, os da administração local e suas famílias mais do que nunca reforça a necessidade de se promover o aumento urgente dos salários. A Câmara Municipal tem os instrumentos necessários de forma a minorar as dificuldades e repor rendimento já perdido por quem trabalha”, destacou Cláudia Marinho.
Na resposta, o presidente da Câmara, Luís Nobre, garantiu que a autarquia “vai cumprir com as decisões do Orçamento do Estado (OE) para 2023 e que prevê medidas para dar reposta ao contexto inflacionista que existe e, que trouxe dificuldades suplementares aos cidadãos”
“No próximo ano, a massa salarial dos trabalhadores da autarquia vai ter um impacto no de 2,4 milhões de euros. O processo progressivo, tal como refere a recomendação da doutora Cláudia Marinho, já foi interpretado pelos serviços e pode ter um impacto de cinco milhões de euros, nos próximos três anos”, apontou o autarca socialista.
Luís Nobre adiantou que a autarquia vai ter de “encontrar o melhor caminho para concretizar” as medidas previstas no OE para o próximo ano e que representam um “esforço significativo” para os cofres da autarquia.
“O município vai ter de não perder o equilíbrio. Não tenho dúvidas de que os primeiros a desejar contas equilibradas e certas são os funcionários da autarquia”, disse Luís Nobre.