Exemplares de caravelas-portuguesas (Physalia physalis) e de medusas-tambor (Rhizostoma luteum) deram na passada semana à costa em praias de Viana do Castelo.
De acordo com o programa de observação e registo deste tipo de gelatinosas, o GelAvista, da responsabilidade do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), ocorreram avistamentos de caravelas-portuguesas e de medusas-tambor na praia de Amorosa, em Viana do Castelo, enquanto que na praia de Castelo do Neiva, também em Viana, foi avistada apenas a caravela-portuguesa.
Aguçadoura e a praia Redonda, na Póvoa de Varzim, também foram visitadas pelas caravelas-portuguesas.
Recorde-se que o programa GelAvista deixou um alerta nas redes sociais, confirmando que os avistamentos nas praias do norte e centro do país têm aumentado desde o início do mês.
Segundo o GelAvista, e em relação à caravela-portuguesa, isso não é motivo para preocupação, uma vez que em Portugal, é comum a sua ocorrência praticamente durante todo o ano, embora se verifique um maior número de observações da espécie nos meses de verão nos Açores e Madeira.
O facto de estarem a chegar a zonas mais a Norte da latitude, prende-se porque a sua distribuição é “fortemente influenciada por ventos e correntes”.
Ainda sobre a caravela-portuguesa, que é a única gelatinosa que representa um perigo mais considerável, explica o GelVista que “através do seu pneumatóforo, que se assemelha a um balão flutuante, as caravelas são transportadas até à costa, onde acabam por arrojar”.
O programa também alerta que entre as espécies de gelatinosos que ocorrem em Portugal, esta é a que exige maior cautela, devendo ser evitado qualquer contato com os seus tentáculos urticantes, capazes de provocar fortes queimaduras.
“Se avistar esta espécie, alerte de imediato os nadadores-salvadores para a sua localização”, conclui o programa GelAvista.