No mesmo dia em que Fernando Pimenta e o seu treinador, Hélio Lucas, bem como a seleção nacional de râguebi, foram condecorados pelo presidente da República, o canoísta de Esposende João Ribeiro questionou os critérios de Marcelo Rebelo de Sousa e acusou-o de “não ter a decência” de também o distinguir.
“A demagogia faz parte da sociedade, é inato do ser humano que de uma maneira irracional leva a uma constante procura da aprovação do outro, estranho é quando de uma maneira racional e lógica comete-se erros na governação de uma sociedade, que só por si é injusta pelas oportunidades de uns e a falta de oportunidade de outros”, começa por afirmar João Ribeiro, campeão do mundo K2 500 metros, em dupla com Messias Batista.
“A mentira e oportunismo de em um momento de relevo nacional e internacional dizer que se merece, pelo percurso, pela batalha e constante procurar do melhor resultado para o nosso país e no momento certo não ter a decência de condecorar dois campeões do Mundo”, acrescenta.
Recorde-se que João Ribeiro e Messias Baptista sagraram-se, no dia 27 de agosto, campeões do mundo em K2 500 metros, nos Mundiais de Duisburgo, que decorreram na Alemanha, apurando-se também para Paris2024.
O atleta de Esposende foi depois homenageado pela Câmara Municipal.
Recorde-se que, em agosto, depois de se sagrar campeão do mundo em K1 1.000, também Fernando Pimenta tinha considerado que o Presidente da República deveria “ter mais critério” nas receções e condecorações aos desportistas portugueses no Palácio de Belém, sentindo-se alvo de desigualdade de tratamento.
“Sinceramente, deveria haver maior critério para ser recebido pelo Presidente da República. Fui o único medalhado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio2020 que não foi recebido, justificando que já tinha aquela condecoração”, disse na altura, em declarações à RTP.