O candidato do PS à Junta de Freguesia de São Vítor, em Braga, considera fundamental para o equilíbrio da área urbana bracarense o investimento na reabilitação do corredor que liga o Convento das Convertidas, na Avenida Central, à Escola Francisco Sanches, à Fábrica Confiança, e ao Campus Universitário.
Rui Dória, citado em comunicado enviado à imprensa, expressou esta convicção precisamente durante uma visita às ruínas da Fábrica Confiança, antiga unidade fabril dedicada à produção de sabões e hoje considerada memória industrial da cidade, cujo projeto de reabilitação tem ocupado a discussão pública nos últimos anos.
O candidato, acompanhado pelo também candidato a presidente da Câmara de Braga, Hugo Pires, e o líder da Plataforma Salvar a Fábrica Confiança, Luís Tarroso Gomes, pôde expressar a sua discordância com o destino que os atuais responsáveis municipais anunciam para aquele imóvel, concretamente a construção de residências académicas.
“Defendemos a execução de um programa de reabilitação urbana para todo este corredor entre o campus da Universidade do Minho e a Avenida Central, com uma atenção especial ao edificado em degradação e à mobilidade urbana, e, para além do Convento das Convertidas e da Escola Francisco Sanches, dê um especial enfoque no edifício e terrenos da Fábrica Confiança”, disse, citado na mesma nota.
Além do edificado público, Rui Dória sustentou a importância de induzir e facilitar os processos de reabilitação do edificado particular, com relevo para “a urgência de um projeto de urbanismo comercial desde as Convertidas até à Rua D. Pedro V e Rua Nova de Santa Cruz”.
Quanto à Fábrica Confiança, o candidato socialista à maior freguesia bracarense considera que a ideia de a ocupar com residências para universitários “em nada contribui para o fim do espartilho e para a necessidade de coser urbanisticamente estas duas áreas urbanas, o campus e o centro de Braga, separadas por um território sem atratividade e por uma via rápida carregada de trânsito de atravessamento”.
Rui Dória defende, assim, que aquela memória industrial seja usada para a instalação de um pólo cultural dedicado às indústrias criativas, até porque a instalação das residências universitárias, eventualmente financiadas pelo Programa de Recuperação e Resiliência, deve fazer-se em edifícios de raiz ou, por exemplo, aproveitando edificado a precisar de reabilitação, como é o caso da antiga escola D. Luís de Castro.
Nesta visita participaram igualmente os candidatos a vereadores na lista do PS Artur Feio, Sílvia Sousa, Adolfo Macedo e Ricardo Sousa.