O presidente reeleito da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa anunciou hoje à agência Lusa a criação de um novo pelouro dedicado à Ciência, Inovação e Conhecimento no mandato autárquico em que vai ser empossado, na sexta-feira.
“Queremos que Viana do Castelo seja conhecido como concelho da ciência. Para isso, vamos ter um vereador responsável pela Ciência, Inovação e Conhecimento. Estará em contacto, permanente, com nossas instituições de ensino superior, quer do politécnico, quer das universidades, quer dos centros de investigação nacionais e internacionais”, disse o autarca socialista reeleito no dia 01 de outubro.
De acordo com os dados da Direção-Geral de Administração Interna (DGAI), em Viana do Castelo o PS alcançou 53,68% dos votos e vai ocupar seus mandatos autárquicos. Já o PSD contou com 21,25% dos votos e garantiu dois lugares no executivo, menos um que até agora e a CDU conseguiu manter um mandato ao conquistar 8,11% dos votos.
Na nova maioria e no último mandato autárquico, José Maria Costa, com 55 anos, quer desenvolver “um programa de ciências nas escolas, corporizando uma mensagem muito forte do saudoso ministro Mariano Gago”.
“A ciência vai sair para as ruas da cidade (…) Precisamos de desenvolver nas nossas crianças e jovens a curiosidade, a experimentação, a sensibilidade para a ciência. Viana vai querer afirmar-se nesse domínio através de uma grande estratégia de mobilização de todos os recursos”, sustentou.
A tomada de posse do executivo eleito nas eleições autárquicas de 2017 está marcada para sexta-feira, às 16:00, no teatro Municipal Sá de Miranda.
Hoje à Lusa, José Maria Costa apontou a coesão social como outra das “grandes preocupações” do novo mandato, “aprofundando políticas dirigidas aos idosos e às crianças”.
“Queremos, através de um programa que vamos desenvolver com a colaboração da UNICEF, transformar o nosso concelho amigo das crianças, com respostas, com propostas e, acima de tudo, com programas específicos para as nossas crianças. Queremos que Viana do Castelo seja a cidade das crianças”, sustentou.
A coesão territorial é outra das prioridades que elegeu, garantindo que “uma das primeiras medidas” que irá tomar no novo mandato será a “avaliação técnica da reorganização administrativa do território”.
“Vamos fazer uma avaliação das vantagens e desvantagens para depois tirarmos as ilações e propormos ao governo os ajustamentos ou não”, referiu.
A criação de um gabinete técnico e jurídico de apoio às freguesias e reuniões descentralizadas do executivo foram outras das medidas que quer implementar.
Garantiu que nos próximos quatro anos vai dar “continuar a aposta na economia e na criação de emprego, na educação, na formação e na qualificação, combate ao insucesso escolar”.
No novo executivo da capital do Alto Minho, onde o PS soma 24 anos consecutivos de poder, José Maria Costa vai ficar com as pastas da administração financeira e patrimonial, projetos e obras públicas, proteção civil, recursos humanos e internacionalização.
“A internacionalização é também uma área importante. Viana do Castelo vai prepara-se para a internacionalização porque estamos num patamar em que temos que pensar de forma mais abrangente”, disse.
Carlota Borges, de 27 anos, jurista e vice-presidente da Comissão Nacional da Juventude Socialista, líder da Federação da JS do Alto Minho é uma das duas estreias no executivo.
A nova vereadora vai ficar com a coesão social, juventude, voluntariado e serviços urbanos.
Já Ricardo Carvalhido, geólogo e responsável científico pelo projeto do geoparque do litoral de Viana do Castelo, 37 anos, será responsável pelo Ambiente e Biodiversidade, Ciência, Inovação e Conhecimento.
A vice-presidência do executivo, a modernização administrativa, o saneamento básico e o desporto permanecem com Vítor Lemos. A Educação e Qualificação, Cultura, Património e Turismo continuam com Maria José Guerreiro.
“A cultura será, igualmente, uma área muito importante porque temos que preparar a nossa candidatura a capital europeia da cultura, em 2027”, sublinhou.
O vereador Luís Nobre mantém as áreas do planeamento e gestão urbanística, desenvolvimento económico, mobilidade e coesão territorial.