A Câmara de Braga garantiu, esta quarta-feira, que o telhado da Escola Básica da Garapôa, onde chove numa sala de aula, será substituído no início de dezembro. Respondendo às críticas dos vereadores do PS, a autarca lembra que estão em curso obras de 5,7 milhões de euros na renovação de quatro escolas.
Os eleitos do PS/Braga acusaram, hoje a Câmara Municipal de “inação”, pois “conhece há dois anos” os problemas existentes na Escola Básica do 1.º ciclo da Garapôa, onde chove numa sala de aula.
“Nesta escola, pertencente ao Agrupamento de Celeirós, que hoje visitamos no seguimento de uma denúncia reportada por um Encarregado de Educação, chove na sala de aulas. Além da chuva, sente-se um cheiro a humidade e os tetos e paredes estão enegrecidos com a condensação e as infiltrações que se avistam um pouco por todo o edifício”, dizem os socialistas, em comunicado.
E acrescentam: “Apesar de a situação estar já reportada há mais de dois anos, facto confirmado pelos responsáveis da Escola, a verdade é que a inação do Município, entidade responsável pelas obras de manutenção do edifício, tem sido uma constante”.
Para os vereadores Hugo Pires, Artur Feio, Sílvia Sousa, Adolfo Macedo e Helena Teixeira, “a situação constitui, na realidade, um perigo para as crianças que frequentam o espaço, bem como para quem lá trabalha. Um perigo que se manifesta sobretudo ao nível das instalações elétricas, dado o risco que existe do contacto com a água”.
E a concluir, lamentam: “Não podemos deixar de manifestar a nossa sua preocupação, em particular, relativamente aos riscos decorrentes do estado de degradação deste equipamento, considerando a situação inqualificável e inaceitável, símbolo do desleixo municipal em matéria de Educação”.
Câmara substitui telhado
Contactada por O MINHO, a vereadora Carla Sepúlveda disse estar “ciente e sensível à situação reportada no início deste mês aquando da chuva forte que começou a cair”.
“O Município tem agendada a substituição do telhado completo com cobertura térmica para melhoria das condições de temperatura nas salas já para a primeira semana de dezembro”, garante.
E acrescenta: “Este problema das infiltrações veio reportado há três semanas. Com a chuva, a intervenção imediata não foi possível. Uma vez que as telhas já não se fabricam, é necessário substituir toda a cobertura, situação que foi acautelada de imediato. O investimento é de 40 mil euros”.
A autarca diz, ainda, que tem conhecimento de que “a Escola da Sé também necessita de uma intervenção, que está a ser acautelada, e que tem obra agendada para a pausa letiva da Páscoa uma vez que a intervenção não permite ter crianças no local”.
Salienta que, neste momento, estão em curso obras nas escolas de Este S Pedro (1, 268 milhões de euros), básica de Figueiredo (1, 796 milhões), básica de Nogueira (2, 593 milhões), e básica de Lamaçães (108 mil).
Em procedimento concursal, estão também os recreios da EB de Nogueiró, obras de beneficiação da EB 23 de Cabreiros, a escola básica de Gualtar e o Jardim de Infância de Gualtar e ainda a cobertura do Jardim de Infância de Lamas. No que toca a parques infantis em escolas – acentuou – “já recuperamos 12”. A concluir, diz que “também se fez uma obra de beneficiação na Básica do Bairro da Alegria e retirou-se o fibrocimento em todas as escolas que ainda não tinham sido intervencionadas”.