Dois cães de uma quinta vinícola em Monção morreram envenenados. Suspeita-se que tenham sido caçadores. Já foi apresentada queixa na GNR.
No domingo de manhã, Shot, um labrador branco de cinco anos, e Tequila, uma braco alemã de apenas um ano, foram encontrados mortos, envenenados por estrictina, na propriedade da Cortinha Velha, produtora de vinho alvarinho, na freguesia de Cambeses, em Monção.
“Todos os que nos visitaram e conheceram o Shot e a Tequila ficaram apaixonados por eles. Eram inesquecíveis. Eles, tal como a nossa Poncha, e todos os cães que viveram na Cortinha Velha, foram cães livres, felizes, meigos, amigos e fiéis. Só conheceram e deram amor. Apenas isto. Viveram pouco”, pode ler-se numa publicação da Cortinha Velha nas redes sociais.
As suspeitas recaem sobre caçadores que querem usar aquela zona para caça. “Infelizmente, é um método usual, mas no século XXI isto já não devia acontecer”, critica Joaquim Covas, um dos proprietários da Cortinha Velha, também ele caçador.
Nas redondezas há registo de algumas outras situações, também em gatos, bem como de cães desaparecidos. Na Cortinha Velha foi a primeira vez que uma situação destas aconteceu.
O caso foi participado à GNR, junto com o relatório veterinário, que agora o irá encaminhar para o Ministério Público.
Além disso, os proprietários da Cortinha Velha vão falar com a associação que gere a caça naquela zona para tomar medidas. “Vamos falar com a associação para que proibam a caça mas zonas em que aparece veneno. Essa é uma forma de persuardir este comportamentos”, considera Joaquim Covas.
A Cortinha Velha é “um projeto de homenagem a Manuel Covas e Maria dos Prazeres, que transmitiram aos filhos o valor da terra e das suas raízes”.