A Câmara de Braga anunciou hoje o reforço do programa cultural ATLAS, com mais atividades, diversidade e qualidade nas propostas artísticas, que vão acontecer ao longo de 2024, para que a cultura chegue a todos.
A apresentação da segunda edição do ATLAS — Programa de Mediação Cultural do Município de Braga decorreu nos Paços do Concelho, com a presença do presidente da autarquia, Ricardo Rio (PSD).
“Podemos esperar um reforço do trabalho já desenvolvido durante o ano passado [2023]. Uma implementação ligada àquilo que foi uma das dimensões da nossa estratégia cultural Braga 2030, de aposta no reforço na mediação cultural, de levar o trabalho dos nossos agentes culturais ao encontro de uma multiplicidade de interlocutores”, salientou o autarca, em declarações aos jornalistas.
Segundo Rio, as iniciativas culturais vão acontecer em “espaços e em contextos muito diversificados”.
“Desde o escolar, até à dimensão social, em instituições sociais particularmente dirigidas à terceira idade, promovendo a inclusão, e depois ao público, em geral, criando assim uma rede de colaboração que torna a cultura mais acessível para toda a população, como desejamos”, destacou o autarca.
Alinhado com a Estratégia Cultural de Braga 2020-2030, o programa reforça os objetivos assentes na promoção da criação artística e na inclusão cultural, criando pontes e espaços de diálogo entre artistas, agentes culturais e os diferentes tipos de público, proporcionando experiências marcantes e inolvidáveis, segundo o município.
“Algumas destas iniciativas no ano passado [2023] foram integradas nos grandes eventos da cidade, como foram os casos da Braga Romana, da Noite Branca, da Braga Natal ou da Braga Barroca. Mas depois há projetos desenvolvidos, particularmente, para uma destas comunidades, entre as escolas, instituições sociais, com atividades que cobrem todas as formas de expressão artística que são dispersas ao longo do ano por todo o território do concelho”, salientou o presidente da Câmara de Braga.
Na edição de 2023 o ATLAS envolveu 30 entidades artísticas, teve 12 parceiros institucionais, chegou a 54 agrupamentos escolares, privados e ocupação de tempos livres, a 12 centros sociais, centros de dia e lares de idosos e a 12 associações e instituições de inclusão social.
O programa cultural chegou ainda a cerca de 23 mil alunos, a perto de três mil séniores, a mais de 600 pessoas com necessidades educativas especificas e a cerca de 40 mil pessoas, do público geral.
“São números impressivos. [Mas] Pela qualidade e pela diversidade das atividades temos todas as condições para poder superar esses números em 2024”, afirmou Ricardo Rio.
Em comunicado, o município diz que o ATLAS 2024 contará “com uma programação que visa proporcionar o acesso e a aproximação de todos os públicos a bens culturais e patrimoniais”, lembrando que esta iniciativa venceu, logo no seu primeiro ano, o Prémio de Melhor Projeto de Mediação dos Prémios Património Ibérico 2023.
“Surge em 2024 com mais iniciativas, mais diversificado, mais envolvente e inovador. Uma das apostas do programa continua a ser os projetos colaborativos em regime de residência artística, com um reforço de atividades e entidades artistas envolvidas. Com a contínua parceria com o Plano Nacional das Artes, destinadas ao público escolar, teremos nove atividades, nas áreas do cinema de animação, dança, artes plásticas e performativas, escrita criativa, media artes e cinema documental”, refere a autarquia.
Ale disso, haverá ainda residências artísticas destinadas ao público sénior e ao público geral.
O ATLAS, enquanto programa cultural, visa também “ajudar a construir uma sociedade inclusiva onde a cultura é vista como uma ferramenta transformadora e fortalecedora de vínculos entre as pessoas e estruturas artísticas, para que juntos possam experimentar, intervencionar, criar e crescer numa atmosfera de respeito mútuo e valorização contínua”.