Os vereadores do Partido Socialista de Braga criticaram, hoje, o Executivo do Município, acusando-o de “não dar condições de trabalho dignas” à Academia teatral Tin-Bra sedeada no Mercado Cultural do Carandá, dado que o edifício mete água.
Em resposta, o presidente da Câmara Ricardo Rio, eleito pela Coligação Juntos Por Braga (PSD/CDS) disse a O MINHO que o problema do TinBra “é igual ao da academia de dança Arte Total, que também ali funciona, e a resposta é a mesma: substituição da cobertura, um investimento de 400 mil euros que será feito em 2023”.
Em comunicado, os autarcas socialistas dizem ter constatado “que as condições de trabalho não dignificam a prática teatral e a criação artística, devido às infiltrações e aos problemas que a falta de manutenção tem vindo a causar nas instalações, incluindo problemas de saúde pública que têm afetado quem lá trabalha”.
Os vereadores dizem que quiseram inteirar-se das reais condições de trabalho das entidades sedeadas no Mercado Cultural do Carandá, tal como já tinha sucedido com a Arte Total.
Para os vereadores Hugo Pires , Artur Feio, Sílvia Sousa e Adolfo Macedo, “este equipamento cultural de propriedade municipal evidencia graves indicadores de abandono e de pouca valorização por parte do da atual maioria”.
“A Academia Tin.Bra é uma entidade cultural sem fins lucrativos, candidata a instituição de interesse público, sendo a única Academia de Teatro da região, onde, mensalmente, cerca de 180 crianças e jovens fazem formação de teatro”, acentuam, lembrando que, para além da formação, a Academia tem um portfólio de mais de oito espetáculos em digressão pelo país.
A estrutura foi projetada pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e edificada entre 1980 e 1984, substituindo um mercado mais antigo. Mais tarde, voltou a ser reconvertido, também pelo conhecido arquiteto, e que valeu o principal prémio nacional de reabilitação urbana em 2012.