Moradores na Avenida João XXI, na cidade de Braga, apresentaram à Câmara local um requerimento de demolição de um edifício que está a ser construído entre dois prédios, considerando-o “um mamarracho”. O dono da obra, uma loja de piscinas, diz que o edifício está legal e que será “icónico”. O vereador do Urbanismo também reforça a legalidade da construção, embora perceba a insatisfação dos moradores.
Os moradores não aceitam que aquela edifício, que vai funcionar como loja da Piscinas Ramos, com sede e armazém a poucos metros, esteja a ser construído num local que sempre foi usado como zona pedonal para os condónimos. Queixam-se que a loja estará acima da cota da soleira, o que levou a que reunissem com advogados para uma futura contestação.
José Eugénio Silva é um dos moradores insatisfeitos com a construção que avança já desde o início deste ano. Para o bracarense, a construção na soleira acima da cota demonstra uma irregularidade “gravíssima” em relação ao Plano Diretor Municipal”, para além de ser “um atentado à privacidade” dos moradores.
Em declarações ao Porto Canal, o vereador do Urbanismo, João Rodrigues, justifica que a primeira construção no local foi feita ha mais de três décadas, mas depois não houve mais intervenções, o que não quer dizer que não se possa construir.
Reforçou, ainda, que o pedido de informação prévia da obra foi aprovado em 2021 e que, a partir dessa aprovação, o licenciamento teve de ser concedido em 2022. “A lei permitia proceder aquela construção naquele espaço em concreto”, vincou João Rodrigues.