O município de Braga começa, no dia 25, a reparar as estradas do concelho com o arranque da obra da Avenida Antero de Quental, e dos quarteirões da zona envolvente ao centro comercial Braga Parque, um investimento de 780 mil euros. E arrancam três outras empreitadas no mês de abril, que custam mais 1,4 milhões.
O assunto é tema constante nas redes sociais com críticas à Câmara. E os autarcas das freguesias de Santa Lucrécia de Algeriz, Navarra, Crespos e Pousada vieram a público pedir obras, dizendo que o mau estado da Estrada Municipal (EM) 591 “coloca em causa este acesso utilizado por centenas de pessoas”.
A O MINHO, a vereadora Olga Pereira, que dirige as Obras Públicas adiantou que a empreitada da Antero de Quental inclui a requalificação dos quarteirões residenciais da Quinta dos Congregados, na freguesia de São Vítor, empreitada com um prazo de execução de 120 dias, e que envolve a Rua Fernando Oliveira Guimarães, a Rua Luís Soares Barbosa a norte, a Rua Dr. Aníbal Araújo Esmoriz.
Revelou que, em abril, arrancam três outras, a da EM 562, que atravessa a freguesia de Tadim – 620 mil euros -, a da Praceta Luís Almeida, em São Vítor, que custa 65 mil, e a EM 565 entre Adaúfe e Navarra, obra de 750 mil euros. A estes custos haverá que somar o IVA.
Disse que, ainda este mês, será aberto concurso pública para reparação da Variante do Fojo e que outros estão em preparação.
A Câmara – e conforme O MINHO reportou – tem três empreiteiros prontos para acudir aos casos mais urgentes, contando, no total, e para o efeito, com cerca de 17 milhões.
Autarcas preocupados
Entretanto, e conforme O MINHO também noticiou, o estado avançado de degradação da EM591 está a preocupar as Juntas das Uniões de Freguesias de Santa Lucrécia de Algeriz e Navarra e de Pousada. Os presidentes de Junta, Mário Vieira e José João Correia, (ambos da coligação Juntos por Braga que governa a Câmara) mostram-se “preocupados” e “impotentes” perante a degradação de uma estrada onde circulam diariamente centenas de veículos.
“É com um sentimento de impotência que assistimos à degradação da EM591 que, para além de já não oferecer as condições mínimas de segurança, deixará de servir a circulação de centenas de veículos. A via já tem muitas áreas praticamente intransitáveis. Enquanto Juntas de Freguesia, temos feito o nosso trabalho junto das entidades responsáveis, manifestando e representando o descontentamento das populações”, disse, em comunicado José João Correia, presidente da Junta da UF de Crespos e Pousada.
No mesmo sentido, Mário Vieira, presidente da Junta da UF de Santa Lucrécia de Algeriz e Navarra, mostra-se preocupado com o agravamento da situação.
Olga Pereira não comenta a posição dos autarcas, adiantando apenas que “a situação está a ser avaliada para ser resolvida”.