O grupo Casais, de Braga, apresentou a proposta favorita do júri no concurso público para reabilitar a antiga saboaria Confiança e transformá-la numa residência universitária, com apoios do PRR na ordem dos 25 milhões de euros.
Ao que O MINHO apurou, apenas o grupo Casais e a DST (também de Braga) apresentaram propostas que cumpriam os requisitos obrigatórios pela Direção Geral do Património Cultural, com o júri do concurso a atribuir o favoritismo ao grupo Casais, após aplicados os critérios do caderno de encargos.
Ficaram automaticamente de fora, a ABB- Alexandre Barbosa Borges e a Pinto & Soares, SA.
O processo continua em audiência prévia até dia 15, podendo a dst ainda vencer.
Ao que O MINHO apurou, o relatório preliminar do júri aponta para a Casais como a vencedora, pois é a que reúne favoritismo em relação aos critérios do caderno de encargos”, disse fonte ligada ao processo.
Os quatro concorrentes iniciais apresentaram projetos que iam além do âmbito municipal, por se tratar de um imóvel classificado, e houve necessidade de serem validados pela Direção Geral do Património Cultural. Foi nesse processo que a ABB e a Pinto & Soares foram afastadas.
Este parecer prévio deveu-se à antecipação de eventual impedimento da construtora escolhida em fazer a obra por causa dos critérios, perdendo dessa forma o apoio do PRR por não cumprir prazo.
Recorde-se que o executivo da Câmara de Braga aprovou em janeiro de 2023 o projeto arquitetónico da transformação da antiga fábrica de sabonetes Confiança, em residência universitária com mais de 700 camas, um investimento de 25 milhões de euros com fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência.
Na altura, apontava-se para que a obra arrancasse “no final de 2023, para ficar pronta um ano depois”.
O projeto conta com um espaço de uso complementar para fins culturais de área não inferior a 500 metros quadrados. E terá espaços museológicos e de venda de produtos da extinta Confiança – da chamada linha Heritage – uma área que, ao todo, ocupa 1.300 metros quadrados.