O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte Lima espera que alterações climatéricas ajudem a apagar um incêndio, que hoje ameaçou dez casas, até para não pôr em causa a passagem do Rali de Portugal, na sexta-feira.
Em declarações, Carlos Lima manifestou-se confiante que “o arrefecimento noturno e a humidade” vão permitir extinguir as chamas que deflagraram cerca das 14:30, em zona de pinhal, na freguesia de Cabração.
De acordo com aquele responsável, as chamas “já consumiram mais de 100 hectares de floresta e colocaram em risco cerca de dez habitações na aldeia de Mãos”.
“O fogo chegou muito perto das casas, mas conseguimos evitar o pior”, sustentou Carlos Lima, adiantou que o incêndio lavra em três frentes.
O comandante da corporação de bombeiros daquela vila do Alto Minho adiantou que “o vento forte que se faz sentir e o declive acidentado” dificultam os trabalhos dos mais de 100 homens que se encontram no terreno.
“A encosta onde o fogo lavra está virada ao sol, o que fez com que as chamas tivessem muita intensidade”, explicou.
O combate contou com o apoio de um helicóptero, que acabou por desmobilizar, cerca das 18:55, “por falta de autonomia”.
Além dos meios das corporações locais estão também envolvidos no combate os Grupo Reforço para Incêndios Florestais (GRIF), de Braga e do Porto.
O Rali de Portugal, que arrancou hoje, deverá passar na sexta-feira por Ponte de Lima, numa zona onde os bombeiros ainda combatem o fogo.
Segundo dados disponíveis na página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), nesta altura estão ainda ativos mais dois incêndios.
O maior deles situa-se em Pipa/Vila Chã, no concelho de Pombal, distrito de Leira, onde mais de 160 bombeiros estão a combater uma frente de fogo com a ajuda de quase 60 veículos.
O outro incêndio encontra-se em Chamusca/Lagos da Beira e Lajeosa, no concelho de Oliveira do Hospital, em Coimbra. Este fogo está a ser combatido por cerca de 80 bombeiros com ajuda de 19 veículos.