Na sequência da decisão da Agencia Portuguesa do Ambiente (APA), que determinou que a praia fluvial de Merelim São Paio, no Rio Cávado, concelho de Braga, não abre na época balnear de 2018 devido a má qualidade da água, o Bloco de Esquerda perguntou ao Ministério do Ambiente se “está a preparar algum plano para a despoluição da bacia hidrográfica”.
No documento, subscrito pelo deputado Pedro Soares, eleito pelo circulo de Braga, refere-se que, “apesar de a praia fluvial ser muito procurada pela população, principalmente durante o verão, e de ter boas acessibilidades e condições, como um relvado extenso, parque de merendas com sombras, um pequeno bar de apoio e instalações sanitárias, o facto de a qualidade da água balnear estar afetada, eventualmente por contaminação fecal, impede o seu usufruto sobretudo no que toca à sua utilização balnear”.
Cávado poluído?
Para o bloquista, “a não abertura da praia na época balnear de 2018, para além de indicar a existência de um problema sério de poluição no Rio Cávado, causa evidente prejuízo para a população e para a região”.
Assim, o Grupo Parlamentar pretende que o Ministério esclareça “se os resultados da monitorização da qualidade da água na praia deram origem a alguma intensificação da fiscalização de fontes de poluição naquele troço do Rio Cávado”.
E questiona: “que medidas estão a ser adotadas para identificação das fontes poluidoras, nomeadamente descargas ilegais e mau funcionamento da ETAR a montante, que afetam a qualidade da água, e que garantias pode o Ministério do Ambiente avançar de modo a que possa ser utilizada na próxima época balnear?”.