O Benfica despediu-se hoje da Liga Europa em futebol, o único objetivo que lhe restava em 2023/24, ao cair em Marselha nos penáltis (2-4), depois de Faris Moumbagna igualar a eliminatória, aos 79 minutos.
A formação ‘encarnada’ trazia uma vantagem curta da Luz, onde venceu por 2-1, e ‘especulou’ durante a maior parte do jogo, tentando mantê-la, mas acabou por sofrer um golo e não conseguir aproveitar as várias ocasiões que criou para faturar.
Depois, na ‘lotaria’, Di María deu o mote para a eliminação, ao falhar o primeiro penálti, rematando ao poste esquerdo, para, ao quarto, António Silva colocar uma ‘cereja’ numa época europeia ‘horribilis’, permitindo a defesa a Pau López.
Por seu lado, Joaquín Correa, Kondogbia, Balerdi e Luis Henrique fizeram o pleno para os gauleses – nem foi preciso marcar o quinto -, para loucura do Vélodrome e dos adeptos do Marselha, que vai agora medir forças nas meias-finais com a Atalanta.
Para trás tinham ficado 120 minutos em que o Benfica, mesmo sem convencer, e com vários jogadores em sub-rendimento, não teve eficácia, nas ocasiões falhadas por Aursnes (58), Di María (74, 87 e 98), Rafa (74), Kökçü (81) e Arthur Cabral (108).
Se a equipa não correspondeu, Roger Schmidt também não aproveitou o que de bom tinham feito os jogadores lançados no fim de semana, frente ao Moreirense, ficando-se por três substituições, face às seis dos franceses. Dificilmente ‘sobreviverá’.
Em relação à primeira mão, o alemão manteve o ‘onze’ inalterável, sendo o mesmo pela quarta vez nos últimos cinco jogos, enquanto Jean-Louis Gasset fez três alterações, trocando Luis Henrique, Merlin e Moubagna por Soglo, Ndiaye e Ounahi.
A formação ‘encarnada’ entrou bem e criou o primeiro momento de perigo, num remate de David Neres, aos quatro minutos, depois de triangulação com Aursnes, mas o Marselha reagiu rapidamente e, aos sete, Ndiaye obrigou Trubin a intervir.
Os gauleses estavam por cima e, aos 16 minutos, Mbemba cabeceou muito mal, em boa posição, após livre de Veretout, com resposta imediata do Benfica, com Neres a fugir pela esquerda e a assistir para a ‘trivela’ falhada de Rafa.
Até ao intervalo, o Marselha teve quase sempre a bola, mas raramente conseguiu criar algo, sendo exceções dois remates sem perigo de Aubameyang, aos 24 e 44 minutos, após perdas de bola de Di María e Tengstedt, respetivamente.
Os gauleses reentraram com Murillo em vez de Mbemba e com intenções mais ofensivas, mas foi o Benfica que teve a primeira grande ocasião, aos 58 minutos, com Aursnes, isolado por Neres, a atirar às malhas laterais.
De imediato, Gasset lançou Luis Henrique e Moumbagna, com Schmidt a responder com João Mário e Kökçü, em vez de Neres e Tengstedt.
O Marselha tornou-se mais ofensivo e começou a criar mais perigo, com tentativas de Belardi (62 minutos), Veretout (66), após falha de Trubin, Aubameyang (67), Moumbagna (69) e de novo Veretout (69), para grande defesa do ucraniano.
Depois de um longo ‘jejum’ ofensivo, o Benfica teve uma excelente oportunidade para marcar aos 74 minutos, em dose dupla, valendo aos franceses as intervenções de Pau López, em resposta a remates de Rafa, primeiro, e Di María, na recarga.
Os ‘encarnados’ não conseguiram faturar e, aos 79 minutos, o Marselha passou para a frente do jogo, igualando a eliminatória, com Aubameyang, perante António Silva, a centrar da esquerda para o cabeceamento vitorioso de Moumbagna, que Trubin não segurou.
Até ao final do tempo regulamentar, foi o Benfica que esteve mais perto do golo, primeiro num remate de Kökçü, pouco ao lado do poste direto, aos 81 minutos, e depois num cabeceamento fraco de Di María, em excelente posição, aos 87.
A primeira parte do prolongamento foi pautada pelo equilíbrio, com Pau López a deter um cabeceamento perigoso de Di María, aos 98 minutos, lançado por João Mário, com resposta de Aubameyang, num ‘chapéu’ a Trubin que não falhou por muito, aos 101.
Na segunda, Arthur Cabral, a terceira e última aposta de Schmidt, poderia ter marcado, aos 108 minutos, isolado por Kökçü, no que foi a última grande oportunidade do tempo extra, que terminou sem mais golos. O Marselha imperou nos penáltis.