Autarca de Terras de Bouro lamenta exclusão da Variante Homem-Lima

Plano de Recuperação e Resiliência
Autarca de terras de bouro lamenta exclusão da variante homem-lima

O presidente da Câmara de Terras de Bouro lamentou hoje que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que está em consulta pública, exclua a construção da Via Intermunicipal do Homem-Lima, reivindicada “há mais de 10 anos”.

Em declarações à Lusa, Manuel Tibo (PSD) explicou que aquela obra é “estruturante para o desenvolvimento do concelho e que pretende substituir a Estrada Nacional 301”, ligando Terras do Bouro a Ponte de Lima, a começar no São Bento da Porta Aberta e a acabar na Boalhosa, passando pelo norte de Vila Verde.

“Devem-se ter esquecido. Só pode ser essa a explicação. É obra reclamada há mais de 10 anos e essencial para a coesão territorial e para o desenvolvimento desta parte do distrito [de Braga]. Por isso, a única explicação para não ser contemplada num programa que tem como objetivo a coesão territorial só pode ser esquecimento”, referiu o autarca.

No entanto, para Manuel Tibo, o PRR tem “um aspeto positivo” que “poderá beneficiar” Terras de Bouro: “Há uma verba de 800 milhões de euros para investir em saneamento, o que interessa muito a Terras de Bouro uma vez que há falhas na rede de saneamento e de abastecimento de água”.

Segundo explicou, “a falha na rede de água leva a que pessoas na mesma freguesia paguem pela água e outras não. Isto não é justo e tem de ser corrigido”.

Manuel Tibo adiantou que “a câmara está a analisar os parâmetros para concorrer àquela verba”.

“Espero que se lembrem de Terras de Bouro e que não se esqueçam deste território como se esqueceram no caso da intermunicipal”, salientou.

O PRR de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.

Depois de um rascunho apresentado à Comissão Europeia em outubro passado e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou dia 16 a versão preliminar e resumida daquele plano em consulta pública, no qual estipula “19 componentes, que integram por sua vez 36 reformas e 77 investimentos”.

O executivo justifica que, “com base no diagnóstico de necessidades e dos desafios”, foram definidas três “dimensões estruturantes” de aposta – a da resiliência, da transição climática e da transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido das verbas europeias pós-crise.

No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros em empréstimos, mas fonte do executivo garante que “ainda não está assegurado” que Portugal irá recorrer a esta vertente do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do novo Fundo de Recuperação da União Europeia.

Previsto está que a maior fatia (61%) das verbas do PRR se destine à área da resiliência, num total de 8,5 mil milhões de euros em subvenções e de 2,4 mil milhões de euros em empréstimos.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Projeto ‘pop-up’ de melgaço já criou sete lojas (e em março abrem mais oito)

Projeto ‘pop-up’ de Melgaço já criou sete lojas (e em março abrem mais oito)

Próximo Artigo
Be propõe remunicipalização dos serviços prestados pela águas do alto minho

BE propõe remunicipalização dos serviços prestados pela Águas do Alto Minho

Artigos Relacionados