A revista espanhola Esquire dedicou um artigo, publicado esta quinta-feira, que lembra Alvarinhos de Monção e Melgaço referindo-se à sua relação qualidade-preço como um “verdadeiro escândalo” por estar a ser vendido tão barato, a pouco mais de 15 euros.
O Alvarinho Quinta do Regueiro Barricas foi recomendado ao autor do artigo, Gustavo Higueruela, por Marc Pinto, considerado um dos melhores ‘sommeliers’ de Portugal, durante uma entrevista em que defendeu que os vinhos portugueses são geralmente “desvalorizados em comparação com outros como os franceses, além de serem muito baratos”.
Na mesma entrevista, Marc Pinto destacou ainda o Soalheiro, também daquela sub-região.
“Em Portugal é muito fácil beber vinho, está disponível em todo o lado. E sim, barato também. Melhoramos muito a qualidade e os preços continuam honestos, eu diria demasiados. Portugal tem o vinho como bebida diária por isso temos que tê-lo delicioso e acessível”, referiu Marc Pinto, na entrevista.
E acrescentou: “Num supermercado, por exemplo, aconselho não seguir os descontos, mas tentar descobrir novos vinhos de zonas menos conhecidas, fora do Douro e do Alentejo. Apostaria começar por um alvarinho da zona dos vinhos verdes como o Quinta do Regueiro ou um Soalheiro”.
Marc Pinto considerou que Portugal tem de deixar de ser o “bom, bonito e barato” da Europa.
A Esquire descreve o Alvarinho branco nacional com “um vinho de corpo robusto, fresco e vibrante na boca”. “A complexidade dos seus sabores é como um labirinto de nuances, onde cada gole revela uma nova dimensão. Este vinho é uma viagem sensorial: desde a primeira impressão até ao final longo e persistente”, pode ler-se no artigo.
Este é um vinho fermentado a temperatura controlada, mantendo o respeito pelos métodos tradicionais. A fermentação é feita em barricas de 300 litros de carvalho francês, com estágio de oito meses com Batonnage.