Alexandra Reis, ex-administradora da TAP, que recebeu uma indemnização de 500 mil euros ao sair da empresa em 2022, pode ter que ser readmitida na companhia aérea. O motivo é que, segundo um projeto de parecer da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o Estatuto do Gestor Público não terá sido respeitado durante o processo de rescisão. O ministro das Finanças, Fernando Medina, será o responsável por decidir o que fazer neste caso.
De acordo com a SIC, tanto a TAP como a CEO da empresa, Christine Ourmières-Widener, consideraram a saída de Alexandra Reis como uma rescisão normal. No entanto, o parecer da IGF aponta para a possibilidade da transportadora ter desrespeitado o Estatuto do Gestor Público.
Caso se confirme que o acordo de rescisão é inválido, a ex-administradora pode ter que ser readmitida na TAP. Outra hipótese seria a devolução de parte da indemnização paga a Alexandra Reis. Fernando Medina não comentou o caso no Parlamento e afirmou que reagirá quando o relatório final chegar ao ministério.
Alexandra Reis não comentou o assunto até ter acesso ao relatório final, mas confirmou que comparecerá na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, caso seja chamada. A irregularidade no caso Alexandra Reis não surpreendeu a oposição política, que aguarda com expectativa pela decisão do ministro das Finanças.