O PCP quer saber que medidas pretende o Governo tomar para garantir o pagamento do salário do mês de janeiro e a parte em falta do subsídio de Natal aos trabalhadores do grupo Ricon, de Vila Nova de Famalicão.
Em dois requerimentos, um dirigido ao ministro da Economia e outro ao ministro do Trabalho, com a mesma pergunta, os deputados comunistas consideram que o não-pagamento daquelas remunerações é uma “situação de maior gravidade na medida em que vai ter consequências muito negativas para os trabalhadores e suas famílias, e constitui um atropelo dos direitos dos trabalhadores”.
Segundo lembra o texto, o Tribunal de Comércio de Vila Nova de Famalicão decretou esta semana o encerramento e liquidação da maior parte das empresas do grupo Ricon, constituído por oito empresas e que dava emprego a 800 trabalhadores.
O PCP sublinha que “foram tornadas públicas afirmações do administrador de insolvência que apontam para o facto de o salário do mês de janeiro não estar garantido para todos os trabalhadores do grupo”, declarações que contariam as primeiras informações dadas por aquele responsável.
No mesmo sentido, referem os deputados comunistas, “vão as declarações proferidas pelo Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes (…), dizendo que os únicos que podem ter a certeza que vão receber o salário do mês de janeiro são os trabalhadores da Delvest, SA”, uma das empresas do grupo.
Para o PCP, “a confirmar-se o não-pagamento do salário, tal se reveste de uma situação da maior gravidade na medida em que vai ter consequências muito negativas para os trabalhadores e suas famílias, e constituiu um atropelo dos direitos dos trabalhadores”.
Por isso, os comunistas querem saber, por intermédio dos ministérios de Caldeira Cabral e de Vieira da Silva, “que medidas vão ser tomadas pelo Governo no sentido de serem cumpridos e garantidos os direitos dos trabalhadores, desde logo o direito ao pagamento do salário de janeiro e do subsídio em falta”.