15 suspeitos de burlas detidos em megaoperação que passou por Braga, Viana, Barcelos e Esposende

Operação da PJ

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta terça-feira, 15 suspeitos de burlas numa megaoperação que contou com mais de 30 buscas em vários pontos do país, entre os quais Braga, Viana do Castelo, Barcelos e Esposende.

Em comunicado, a PJ refere que estão em causa os crimes de burla informática, burla qualificada e branqueamento.

“Os factos em investigação enquadram-se num esquema de branqueamento de carácter transnacional, que visa ocultar, converter e integrar na economia legítima importâncias provenientes de diversos tipos de burlas, sendo os lesados em regra cidadãos nacionais”, refere o comunicado.

A PJ explica o esquema: “As vítimas, por meio de engano e erro consciente, abriam mão de importâncias que transferiam para contas de terceiros, supostos fornecedores de bens/serviços ou intermediários de crédito, a que se sucediam outros movimentos financeiros que visavam criar uma cortina sobre aqueles que procediam à integração final na economia real, já em países terceiros (Benim e Lituânia), ficando as vantagens ‘limpas’ para a organização”.

De igual modo, também para esses países eram remetidos os cartões de crédito e credenciais de movimentações de contas, operando posteriormente a organização a partir daí.

Foram realizadas 36 buscas domiciliárias nos municípios de Braga, Viana do Castelo, Barcelos, Esposende, Porto, Gondomar, Ermesinde, Santo Tirso, Vila Nova de Gaia, Paredes, Vila do Conde, Maia, São Mamede de Infesta, Águeda, Figueira da Foz, Ovar, Coimbra, Ílhavo, Alcobaça, Santarém, Murça, Reguengos de Monsaraz, Évora, Vila Viçosa, Castelo de Vide, Carnaxide, Montemor-o-Velho, Palmela, Setúbal, Covilhã, Cacém, Lisboa, Sintra, Olhão e Santa Cruz.

“Os quinze detidos, de nacionalidade portuguesa, com idades compreendidas entre os 25 e os 60 anos, apresentam ocupações diferenciadas e faziam desta atividade ilícita modo de vida, tendo distinto grau de conhecimento quanto à prática dos factos, transparecendo nesse sentido as diferentes funções ocupadas na estrutura da organização”, refere a PJ.

A operação policial envolveu, investigadores, peritos e seguranças, 180 elementos da Polícia Judiciária, contando com a participação, além da Diretoria do Norte, também da Unidade Nacional Contra a Corrupção, Diretoria do Sul, Diretoria do Centro e Departamentos de Investigação Criminal de Madeira, Braga, Leiria, Setúbal, Guarda e Vila Real.

No decurso da operação policial foi apreendida documentação diversa, relativa à prática dos factos, material informático e cartões bancários e de telecomunicações.

Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

 
Total
0
Partilhas
Artigo Anterior

400 ciclistas vão pedalar no Gerês

Próximo Artigo

Braga: Grupo DST com obra de 3 milhões para expandir metro do Porto

Artigos Relacionados
x