O Centro Social de Guardizela, em Guimarães, vai aumentar, já em dezembro, o salário mínimo dos seus funcionários para 800 euros, indo, assim, mais longe que o Governo, que decretou o aumento do salário mínimo em 2023 para 760 euros (é atualmente de 705).
São 50 os trabalhadores da instituição – que no total emprega cerca de 80 pessoas – abrangidos pelo novo salário mínimo, o que rondará um investimento de 80 mil euros ao longo de um ano. Mas também os outros trabalhadores que já auferem vencimentos superiores serão proporcionalmente aumentados, elevando o investimento do Centro Social na valorização dos salários para “mais de 100 mil euros”, explica a O MINHO o seu presidente, Manuel Silva.
A decisão de aumentar os salários foi tomada tendo em conta, “no momento atual, as dificuldades do seus trabalhadores e famílias, com o significativo aumento dos custo de vida, mas também pelo empenho e dedicação que as pessoas tenham tido na instituição”.
“O salário não compensa justamente o trabalho que as pessoas fazem, acho que merecem muito mais do que lhes estamos a dar, mas infelizmente não é possível aumentarmos mais”, aponta Manuel Silva.
E conclui: “Temos uma gestão que nos dá condições para [fazermos estes aumentos], porque o nosso maior investimento é nos recursos humanos. Nos últimos tempos tem havido um aumento nos gastos energéticos, mas a maior fatia do nosso orçamento é para o recursos humanos”.
O Centro Social de Guardizela é uma instituição particular de solidariedade social, sem fins lucrativos, que desenvolve a sua actividade, na área social comunitária.
Surgiu em 2000 e tem como objectivo primordial dar resposta às necessidades da população residente na área da sua freguesia e arredores.
Tem valências para idoso (Estrutura Residencial, Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia e Universidade Sénior) e para crianças (Berçário, Creche, Pré-Escola, CATL, Acompanhamento ao Estudo).