O jovem que atingiu nove pessoas com um disparo de espingarda caçadeira, durante a madrugada desde sábado, à porta de uma discoteca, em Cabeceiras de Basto, foi libertado pela Polícia Judiciária de Braga, pelo que nem será apresentado ao juiz de instrução criminal, no Tribunal de Guimarães, uma vez que não é suspeito por crime de tentativa de homicídio.
Luís P., de 26 anos, solteiro, residente na freguesia de São Nicolau, em Cabeceiras de Basto, que anteriormente foi militar na Força Aérea Portuguesa, está indiciado por ofensas corporais graves na sequência do disparo que fez com uma espingarda caçadeira, contra nove pessoas, um tipo de crime cuja moldura penal abstrata não admite a prisão preventiva.
Tal como O MINHO noticiou, cerca das 04:30 da madrugada deste sábado, o suspeito, para se vingar de ter sido sovado, esperou pelos contendores à porta de uma discoteca, em Cabeceiras de Basto, disparando de dentro do automóvel para o chão, com a espingarda caçadeira, cuja projeção atingiu nove pessoas, levando a arma para casa e entregando-se na GNR.
Os feridos foram todos estabilizados no local pelos Bombeiros Cabeceirenses, após o que foram conduzidos ao Serviço de Urgência do Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, mas nenhum apresentava ferimentos graves, o que levou à alta médica destes ainda durante a manhã.
Atualmente a trabalhar na Madeira, o atirador encontra-se de férias em Cabeceiras de Basto, tendo a Polícia Judiciária de Braga apreendido a espingarda caçadeira que utilizou para o disparo, arma que estava legalizada e manifestada, porque o arguido, que ficou apenas com a medida de coação mínima e obrigatória – termo de identidade e de residência -, é caçador.
