O presidente da CCDR-N anunciou hoje que a primeira convocatória para a nova edição do programa Interreg Espaço Atlântico 2021-2027, com uma dotação global de quase 150 milhões de euros, abre no dia 14 de outubro.
“Tenho o prazer de anunciar que o primeiro concurso abrirá a 14 de outubro, o quer dizer, dentro de duas semanas. O desafio que temos é o de gerar mais confiança entre estados e regiões e de criar melhores condições de gestão para que os parceiros possam desenvolver os seus projetos de cooperação em prol de uma Europa mais azul, mais verde, mais inovadora, mais integrada e mais resiliente”, afirmou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte).
António Cunha, que discursava na biblioteca municipal de Viana do Castelo, durante a apresentação da nova edição do Interreg Espaço Atlântico, para o horizonte até 2027, disse que a “missão” da CCDR-N, como entidade de gestora do programa de cooperação transnacional, “é a de contribuir com uma gestão competente e solidária, transparente e amplamente divulgada, para que a fachada europeia atlântica seja mais sustentável e mais competitiva, dando um contributo para uma Europa melhor”.
“Estou certo de que vai ser uma jornada promissora e por isso exorto-vos a todos a fazermos do Espaço Atlântico 2030, um grande programa para bem das nossas regiões e, para bem da construção de uma Europa em que acreditamos”.
A nova edição do programa de cooperação INTERREG Espaço Atlântico, para o horizonte até 2027, “o único programa europeu de cooperação transnacional gerido em Portugal, pela CCDR-N”, foi aprovado no passado dia 08, pela Comissão Europeia, com um orçamento global de quase 150 milhões euros, cerca de 114 milhões de euros financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
O presidente da CCDR-N destacou que “os objetivos da política do novo programa continuam fortemente ancorados nas políticas europeias”.
“Não podia ser de outra maneira, em particular a estratégia para a economia azul e a estratégia atlântica, contribuindo para a concretização dos objetivos para o desenvolvimento sustentável e para o pacto europeu”, disse
António Cunha adiantou que “as principais áreas de investimento centram-se nas temáticas Inovação, Azul e Competitividade, Ambiente Azul, Turismo Sustentável e Cultura e Governança do Espaço Atlântico”.
“Neste contexto de celebração, de reforço da confiança e de reforço da aposta no trabalho conjunto, temos também o grande prazer de anunciar o lançamento da primeira convocatória de projetos que coloca a concurso uma parte significativa do orçamento disponível para que as instituições que compõem este cluster do Atlântico possam começar a executar o programa, a breve prazo”.
Segundo o responsável, “os atores do Atlântico, quer os que atuam no domínio marítimo quer os que têm maior intervenção nos nossos territórios, têm dado contributos muito positivos na construção de redes, no desenvolvimento de iniciativas, produtos e serviços inovadores para responder a desafios de natureza transnacional, contribuindo também para as políticas públicas europeias”.
“O próximo quadro significará, certamente, o reforço desta dinâmica e destes resultados. Certamente que a primeira convocatória representará a continuidade desse esforço conjunto”, frisou.
O programa de cooperação transnacional destina-se a quatro Estados membros: Portugal, Espanha, França e Irlanda.
Presente na sessão de apresentação da nova edição do programa europeu, a secretária de Estado para o Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, destacou que o programa Espaço Atlântico “continuará a ser um instrumento de política decisivo para a construção de uma Europa mais verde, mais conectada e mais próxima dos cidadãos, removendo obstáculos e promovendo o desenvolvimento equilibrado e sustentável nos territórios do Atlântico”.
Segundo a governante, “o cruzamento entre as preocupações com o oceano sustentável e o ambiente continua a fazer parte da missão do programa, como se pode ver através da aposta contínua em áreas de investimento como a energia renovável marinha e a resiliência costeira”.
“Com a primeira convocatória do novo programa, que abrirá muito em breve, os atores do Atlântico são convidados a conceber projetos que atuem em múltiplas dimensões tais como as alterações climáticas, a eficiência energética, as energias renováveis marinhas, a mobilidade sustentável, a economia circular e os sistemas alimentares sustentáveis”.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse que o concelho tem estado “comprometido com objetivos estratégicos da Europa, em particular do espaço Atlântico”.
O autarca socialista destacou o trabalho realizado nos grandes eixos de intervenção para o futuro, nomeadamente, na inovação, na economia azul, o ambiente verde.
“Tudo o que tem acontecido é fruto da cooperação, dos apoios comunitários e do trabalho que temos conseguido concretizar”.
Destacou ainda “as expectativas” da autarquia para o que “ainda quer fazer acontecer no território”, ao nível da economia do mar, área que resultou na elaboração de um Plano Estratégico assente em seis objetivos, realçando a instalação de um centro tecnológico internacional das energias renováveis ‘offshore’”.