Cinco anos depois de o Plano de Revitalização ter sido chumbado e quatro após ter entrado em liquidação (2018), o Tribunal de Famalicão concluiu o processo de insolvência da Associação Industrial do Minho (AIMinho).
O mapa do rateio final, a que o O MINHO teve acesso, indica que a venda de bens rendeu 2,9 milhões de euros e que os credores perderam, ao todo, cerca de 5,8 milhões, dado que a dívida total, os créditos reconhecidos, atingia os 8,7 milhões.
Dos 29 credores, apenas quatro não foram penalizados, a começar pelos 11 trabalhadores, pelo IEFP (Instituto de Emprego), o Fundo de Garantia Salarial e um outro credor empresarial, todos eles com créditos considerados privilegiados.
As contas finais, a cargo do administrador de insolvência Nuno Albuquerque indicam que o maior perdedor foi o ex-BES (hoje Novo Banco) que ‘ficou a arder’ com 5,7 milhões de euros, seguindo-se a Caixa Geral de Depósitos que perdeu 3, 8 milhões. A Caixa ainda conseguiu encaixar 2,5 milhões – dos 6,2 que havia emprestado, por ter créditos garantidos por hipoteca dos dois prédios, o de Braga e o de Viana do Castelo, vendidos por 2,8 milhões.
Já a transação de bens móveis, de recuperação de créditos e de saldos bancários somou, apenas, 98 mil euros.
A sentença judicial de verificação e graduação de créditos refere, ainda, que os 11 trabalhadores, que eram credores privilegiados, receberam tudo o que tinham a haver, ou seja, 222 mil euros.