A União de Restaurantes do Minho (URMinho) manifestou-se, esta sexta-feira, contra as novas medidas anunciadas pelo Governo – teste ou certificado digital para jantar e almoçar no interior dos estabelecimentos ao fim de semana – e adianta que irá pedir uma reunião de urgência à Câmara de Braga por causa das esplanadas.
Em comunicado, a URMinho considera que esta medida “não é só apenas mais uma ‘trapalhada'”, mas mostra “o total abandono, durante estes quase dois anos”, a que o setor foi remetido.
“Como já não bastava ter de ‘empurrar’ os clientes às 22:30, agora temos de os fiscalizar. Esta medida avulsa aparece, apenas, para retirar o cerco a Lisboa (ou desconfinar, como quiserem), embatendo com enorme estrondo, na plena capacidade de trabalhar da restauração”, defende a associação.
“Como se não bastasse, esta medida vem criar ainda mais desigualdades entre negócios, pois a dita norma é para espaços interiores sendo que no exterior continua tudo como estava”, acrescenta o comunicado, para concluir, que, “sendo assim, urge a necessidade de as entidades locais abrirem definitivamente as ruas aos restaurantes”.
“Não podemos, por exemplo, em Braga, ter na mesma rua espaços com esplanada e outros sem autorização, isto castra a sobrevivência de muitas famílias”, defende.
“É necessário as instituições ouvirem quem vive deste trabalho e não, apenas, o que gostam de ouvir por quem nada percebe do nosso negócio. Haja bom senso e coerência porque estamos a falar de famílias que vivem do seu trabalho”, aponta a URMinho, informando que “irá, de imediato, mostrar o seu total desacordo e desagrado, junto das entidades governamentais, com o anúncio destas medidas” e “solicitar uma reunião de urgência com a Câmara Municipal de Braga para clarificar a medida ‘Braga de porta aberta'”.
“Não pode, há 2 semanas, a ministra da saúde dizer que os restaurantes não são um agente de contágio e, apesar de tudo, hoje continuarmos a ser o sector com mais medidas para cumprir que são, em parte, completamente despropositadas. Em suma, se não têm juízo, pelo menos ganhem vergonha. Existem expressões minhotas que assentam que nem uma luva no que se está a passar”, conclui o comunicado.