O PCP entregou voltou a questionar o Governo sobre a situação da Barra de Esposende, após uma embarcação de pesca ter ficado encalhada, na terça-feira. Os comunistas insistem na reconstrução do molhe norte, intervenção na barra, dragagem do canal de navegação e reposição da restinga.
Na pergunta entregue ontem na Assembleia da República, o partida refere que “o problema da Barra de Esposende tem sido tema ao longo dos últimos vinte anos, de inúmeras e reiteradas promessas eleitorais do PS, PSD e CDS, de muitas declarações e intervenções parlamentares, em profunda contradição com as obras dos governos desses mesmos partidos”.
“Aconteceu com todos os governos deste o governo PSD/Cavaco Silva até ao atual governo do PS. E o ‘filme’ não pode repetir-se, mais uma vez”, acrescenta.
O partido recorda que, em 2016, “apresentou uma iniciativa legislativa que recomendava a adoção de medidas necessárias para garantir a melhoria das condições da Barra de Esposende, designadamente a reconstrução do molhe norte, a intervenção na barra, a dragagem do canal de navegação, a reposição da restinga, bem como que na elaboração e execução do projeto fossem tidas em conta as várias dimensões a considerar – a ambiental, social, de segurança e proteção civil”.
A iniciativa foi aprovada em fevereiro desse ano, dando origem à Resolução da Assembleia da República em que “recomenda ao Governo a construção da barra marítima de Esposende”.
“O PCP tem colocado a necessidade de se executar o que está previsto nesta mesma resolução”, salientam os comunistas.
A notícia da embarcação que ficou encalhada, no entender do partido, “confirma a urgência da intervenção na Barra de Esposende”.
“Não é aceitável que esta intervenção continue a ser adiada, especialmente considerando o facto de os problemas estarem identificados há mais de 20 anos”, conclui.
Também o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, após o incidente com a embarcação de pesca, alertara para a “situação de grave perigo” na barra.