A reitoria da Universidade do Minho (UM) manifesta “profundo desagrado” ao anunciado regresso das praxes nos campi de Braga e Guimarães anunciado, na segunda-feira, pelo “Cabido de Cardeais”.
Questionada por O MINHO, a reitoria da UM “reage com profundo desagrado a este tipo de iniciativas que, como é reconhecido, frequentemente se traduzem em práticas ofensivas da integridade e dignidade humanas”.
“Importa lembrar que a UM proibiu há anos estas práticas no interior dos campi, continuando empenhada em demonstrar a todos os estudantes que, independentemente do lugar onde ocorrem, elas são incompatíveis com os princípios e os valores que orientam a educação superior”, salienta na resposta enviada a O MINHO.
Praxes regressam presencialmente a Braga e Guimarães. Polémica estala na UMinho
A reitoria acrescenta que “nunca a UM poderá pactuar com práticas que colocam em causa o desenvolvimento pessoal, social, intelectual e profissional dos seus estudantes, com cuja educação de qualidade a Universidade está profundamente comprometida”.
Polémica das praxes na UMinho. Junta de Gualtar acusa “Papa” de mentir
“A Universidade não aceita que o compromisso responsável e cooperante da generalidade dos nossos estudantes possa ser colocado em causa por atitudes insensatas de um pequeno número de estudantes, completamente inadequadas aos tempos muito difíceis que vimos atravessando, como comunidade académica e como país”, sentencia.
Recorde-se que, na segunda-feira, o “Cabido de Cardeais”, que faz a gestão da praxe na UM, anunciou que as praxes presenciais seriam retomadas este mês de julho.
A decisão gerou polémica, com muitos estudantes a manifestarem-se contra a realização das praxes e a Junta de Freguesia de Gualtar a acusar, mesmo, o “Papa da Academia Minhota” de mentir.