A Câmara de Viana do Castelo indeferiu o pedido de um grupo de feirantes para ocupação do Campo d’Agonia, esta sexta-feira, para se manifestarem pelo regresso da atividade.
Em despacho de 13 de maio assinado por Carlota Borges, vereadora da Área Funcional, e a que O MINHO teve acesso, é invocada “a declaração de estado de calamidade” para negar as pretensões dos comerciantes.
O município refere que a declaração de estado de calamidade, que determina a “adoção, em todo o território nacional, de medidas de catáter excecional, necessárias ao combate à covid-19 (…) elenca as deslocações autorizadas, onde não consta a natureza da deslocação para a qual é pedida autorização”.
“Mais informamos que, após conversa com a Federação e associações de feirantes, ficamos a par de que estão a ser estabelecidos contactos com os responsáveis do Governo pela área em causa. estes contactos têm como objetivo garantir que a atividade seja retomada em breve, cumprindo todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde”, lê-se no despacho.
O grupo de feirantes que, como O MINHO noticiou em primeira mão, pretende manifestar-se pelo regresso à atividade tinha pedido licença para ocupação do Campo d’Agonia, entre as 09:30 e as 11:30, comprometendo-se a cumprir as normas de higiene e segurança como uso de máscara e distanciamento social.
Ao que O MINHO apurou, com este revés nas suas pretensões, já não vai manifestar-se nos moldes que estavam previstos.
Com um número reduzido de pessoas e sem cartazes de protesto, estarão no Campo d’Agonia para, ainda que numa ação mais simbólica, expr as suas reivindicações. “Queremos juntar as nossas vozes a outras vozes para que sejamos ouvidos o mais rapidamente possível”, refere fonte do grupo de feirantes, acrescentando que o e-mail com o despacho foi recebido esta quinta-feira à tarde.
O MINHO questionou a Câmara de Viana do Castelo sobre este assunto, mas não obteve resposta.