Estava acusado de ameaçar a ex-mulher de morte e de a ter tentado regar com gasolina. David Silva, de 42 anos, natural de Braga mas a viver em Barcelos, foi condenado no Tribunal de Braga a três anos e oito meses de prisão por violência doméstica.
A acusação que sob ele impendia envolvia um crime mais grave, o de homicídio na forma tentada. Teve sorte: o coletivo de juízes não deu como provada a intenção de matar a ex-companheira, Maria, com quem casou em 1998, em Barcelos, e de quem tem dois filhos.
A acusação diz que chegava a casa embriagado e chamava-a de “vaca e puta”. Deu-lhe uma bofetada em certo dia e noutro bateu-lhe com um pau nas nádegas. Numa ocasião, em 2017, estava ela na cama, tentou pôr-lhe um corda ao pescoço, não o tendo conseguido porque ela fugiu para ao Carnaval desse ano, regou-a com gasolina, dizendo que a “ia matar” mas a senhora «safou-se» conseguindo escapar de novo para a via pública.
Vivendo em pânico permanente, a Maria teve de lhe esconder a pistola, mas, o agressor, não parou ameaçando que a ia matar com uma catana, o que tentou atirando-lhe com uma, ainda que sem a atingir.
A paranóia era tal, que o David trazia sempre duas facas consigo, tendo-lhe encostado a lâmina de uma delas ao pescoço.
A pena resulta do cúmulo jurídico de violência doméstica e de posse de arma proibida. Vai, ainda, pagar cinco mil euros de indemnização. E fica proibido de se aproximar, a mais de 300 metros, da ex-mulher, quer em casa quer no trabalhou ou na rua. E vai ter de se tratar ao alcoolismo, sob pena de ir preso.