Sete cidades do país com mais de 100 mil habitantes, onde se inclui Braga, registaram no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, uma subida dos preços da habitação, destacando-se o Porto que, pela primeira vez, registou o segundo maior preço da habitação entre estas cidades, com um valor médio de 1.460 €/m2, posicionando-se agora após Lisboa (2.753 €/m2) e ultrapassando o valor da cidade do Funchal (1.439 €/m2), revelou esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em termos de taxas de crescimento, a cidade do Porto foi a que verificou maior subida, +24,7%, seguindo-se Lisboa (+23,4%), Amadora (+15,8%), Braga (12,3%), Funchal (10,4%), Vila Nova de Gaia (+10,3%) e Coimbra (+5%).
Trinta e oito municípios portugueses, localizados maioritariamente no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, registaram preços da habitação superiores ao valor nacional durante o segundo trimestre de 2018.
No período em análise, “o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 969 euros por metro quadrado (€/m2), registando um aumento de +2% relativamente ao trimestre anterior e +8,15% relativamente ao trimestre homólogo”, de acordo com as estatísticas de preços da habitação ao nível local.
Segundo os dados do INE, o preço mediano da habitação manteve-se, no segundo trimestre de 2018, acima do valor nacional no Algarve (1.465 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1.305 €/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.159 €/m2).
Dos 38 municípios que apresentaram preços da habitação superiores ao valor nacional, Lisboa foi o que registou o preço mediano mais elevado do país, com um valor médio de 2.753 €/m2.
“Com valores acima de 1.500 €/m2 destacaram-se ainda os municípios de Cascais (2.100 €/m2), Loulé (1.846 €/m2), Oeiras (1.819 €/m2), Lagos (1.744 €/m2), Albufeira (1.631 €/m2) e Tavira (1.594 €/m2)”, avançou o INE.
A menor amplitude de preços da habitação entre municípios verificou-se na Lezíria do Tejo, em que o valor médio se fixou nos 265 €/m2, apontam as estatísticas, apurando que o menor valor se registou na Chamusca (443 €/m2) e o maior em Benavente (708 €/m2).
Já a Área Metropolitana de Lisboa foi a que manteve a maior amplitude de preços da habitação entre municípios (2.133 €/m2), seguindo-se o Algarve, a região de Coimbra e a Região Autónoma da Madeira que também apresentaram um diferencial de preços superior a 1.000 €/m2.
“No segundo trimestre de 2018, em Portugal, o preço mediano de vendas de alojamentos novos foi de 1.084 €/m2 e para os alojamentos existentes o valor situou-se em 949 €/m2”, afirmou o INE, referindo que, “à semelhança de trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (406 €/m2)”.
A Área Metropolitana de Lisboa (1.672 €/m2), Algarve (1.589 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1.240 €/m2), Área Metropolitana do Porto (1.171 €/m2) e Alentejo Litoral (1 105 €/m2) registaram um preço médio de venda de alojamentos novos acima do valor nacional.
Já os preços de alojamentos existentes superiores ao referencial verificaram-se também nestas sub-regiões, com exceção da Área Metropolitana do Porto e Alentejo Litoral, com o preço mais elevado no Algarve (1.433 €/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.266 €/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.135 €/m2).
Entre as 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos) do país, “o menor preço mediano de alojamentos novos e existentes vendidos verificou-se no Alto Alentejo, 547 €/m2 e 428 €/m2, respetivamente”, informou o INE.
Analisando os preços dos alojamentos novos e dos alojamentos existentes, a cidade de Lisboa foi a que verificou maior diferença, com uma variação de 741 €/m2, em que as casas novas registaram um valor médio de 3.441 €/m2 e as casas existentes um valor mediano de 2.700 €/m2.
Para as cidades com mais de 200 mil habitantes, designadamente Lisboa e Porto, o INE disponibilizou dados por freguesia.