Clima de revolta na GNR do Sameiro, em Braga. Um grupo de 14 patrulheiros do posto do Sameiro vai participar do Comandante ao Comando Distrital e Nacional, e avançar com uma queixa-crime.
O JN desta quarta-feira adianta que acabam de assinar um documento contestando o sargento Hélder David Antunes, a quem acusam de os pressionar a multar automobilistas, sob pena de sanções. Dizem-se “desmotivados e apavorados” com “a coação, e as ameaças” do Comandante.
No documento, dizem que, quem não cumprir a meta de contra-ordenações que o Sargento impõe – é punido com mudança de horários nos turnos, proíbido de trocar serviço com um colega e ameaçado de procedimento disciplinar.
O advogado João Magalhães, de Braga, que os representa, afirma que a ação do Comandante “é atentória da dignidade dos militares e viola o Regulamento de Disciplina Militar”. E promete avançar com uma queixa-crime, após o caso ser oficialmente apresentado ao Comando.
Os GNR’s dizem que o sargento “atropela a lei e os deveres do Regulamento”.
Acrescentam que lhes mandou um mail, chamando-lhes “parasistas” aos que não cumpriam as metas, e que passou a permitir a troca de serviços – que tinha proíbido – quando se atingissem as 15 contra-ordenações mensais exigidas por patrulha. E, além de expor na entrada do posto as multas de cada um, proibiu-os de irem comer fora, “violando os seus direitos”.
A GNR diz que não conhece o documento nem recebeu qualquer queixa, e o Sargento está de folga.