O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga ouviu esta quinta-feira o ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo, Carlos Branco de Morais, na querela de limites que opõe a freguesia da Areosa à de Monserrate, tendo o ex-autarca garantido que a Areosa “tem razão”.
O Tribunal ouviu apenas as testemunhas indicadas pela junta de freguesia da Areosa, tendo ficado de fazer o mesmo, na próxima semana, com as de Monserrate.
No caso, e de manhã, falaram cinco cidadãos da freguesia, todos eles com muitos anos de vida, de forma a poderem dizer que os limites de Areosa “sempre foram” os que a freguesia reclama.
Outra testemunha, o engenheiro Barros Lopes, natural da freguesia e técnico nos Estaleiros Navais também defendeu a legitimidade da ação, afirmando que há áreas administradas por Monserrate que sempre pertenceram à Areosa.
O Tribunal começou a julgar a ação intentada pela Junta da Areosa contra a freguesia de Monserrate, (agora integrada na União de Freguesias de Viana do Castelo, com Santa Maria Maior e Meadela), na qual defende que a localidade “começa” a várias centenas de metros dos limites atualmente reconhecidos. Trata-se de uma zona onde se realiza uma feira semanal com mais de 200 feirantes e onde se localiza o forte de Santiago de Barra. O diferendo estende-se, também, aos terrenos onde está instalada a Escola Secundária de Monserrate, a maior do distrito, reclamados pela Areosa.