O novo pacote de satélites (Starlink 5-11) da rede de internet Starlink, do empresário Elon Musk, foi visto a partir de vários concelhos minhotos na última noite, algumas horas depois de terem sido lançados pelo foguetão Falcon 9, que é também o que leva astronautas ao Espaço.
À nossa redação chegaram imagens que mostram o ‘comboio’ a passar por cima da freguesia de Cossourado, em Barcelos, e isso só acontece porque este novo pacote tinha sido lançado há pouco mais de 24 horas.
O ‘comboio’ passou algumas vezes pelos céus nacionais ao final da noite de ontem, primeiro por volta das 21:45 e depois às 23:30, com esta última passagem a ser mais visível na região do Minho, graças às condições atmosféricas favoráveis nessa altura.
Estes comboios de satélite podem ser vistos todas as noites, porque orbitam a Terra, mas a olho nu é cada vez mais complicado, e isso deve-se ao esforço do projeto Starlink VisorSta, que escurece os satélites de forma a que não interfiram na visão noturna a partir da Terra.
No entanto, nas primeiras horas após o seu lançamento e enquanto se movem para a localização final, refletem o brilho proveniente do nosso planeta, causado pela nossa própria iluminação artificial, e podem ser facilmente detetados a olho nu, causando por vezes confusões e até alegações de avisamentos de OVNIs.
Este novo pacote foi lançado na madrugada de terça-feira, a partir do Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos, numa operação levada a cabo pela empresa aeroespacial SpaceX.
Cerca de nove minutos depois de ter sido lançado, o primeiro estágio do foguetão regressou à terra, aterrando numa bolsa-drone no meio do Oceano Atlântico, enquanto o resto do veículo espacial permaneceu a encaminhar os satélites na chamada órbita baixa da Terra, libertando-se dos mesmos após 65 minutos da decolagem.
Até hoje, a Space X já lançou mais de 4.500 satélites da rede Starlink, que providencia internet aos utilizadores em qualquer parte do mundo, incluíndo em locais remotos de Portugal como é o caso do Parque Nacional da Peneda-Gerês, na Serra da Estrela ou até em toda a Zona Económica Exclusiva portuguesa que vai até centenas de milhas da costa, no Oceano Atlântico
Mas desses 4.500, encontram-se operacionais apenas 3.586, algo que preocupa astrónomos por considerarem que tem contribuído para o aumento do lixo espacial.
Nos próximos anos, a rede Starlink deverá crescer para perto dos 50.000 satélites, encontrando-se ainda em aprovação o pedido do lançamento de mais 30.000.